quarta-feira, 9 de março de 2016

Helena Citrónová depois de Auschwitz

Olá a todos!

Helena Citrónová foi a protagonista de "Uma história de amor em Auschwitz".

Esta deixou este campo de concentração com a sua irmã Rózinka nas chamadas "marchas da morte" e seguiu para Ocidente. No caminho as duas assistiram ao falecimento de muitas pessoas.

Entre Maio e Junho de 1945, elas circularam sem rumo pela Alemanha recém libertada. As estradas estavam cheias de refugiados alemães. Os soldados do Exército Vermelho começaram a aparecer.

"Eram como animais selvagens", resumiu Helena. "Eles violaram várias mulheres". Esta escondia - se por baixo da irmã, que tinha mais 10 anos do que ela. Era frequente os homens pensarem que Rózinka era a sua mãe e, por este motivo, desviavam a sua atenção para outras mulheres. Esta táctica deu resultado. No entanto, Helena ouvia tudo o que os soldados do Exército Vermelho faziam às outras mulheres: " Ouvia gritos até que elas se calavam por não terem mais forças para lhes resistirem. Houve casos em que foram violadas com tanta brutalidade que acabaram por morrer. Eles estrangulavam as mulheres. (...) Até ao último momento, nunca acreditámos que conseguíssemos sobreviver. Pensávamos que, embora não tivessemos morrido às mãos dos nazis, iríamos morrer por causa dos russos (soviéticos)".

Uma vez um deles tentou violar Helena. Ela descreveu a situação assim: "Não sei como consegui escapar a esse soldado russo tão cruel, a esse criminoso. Há muito tempo que ele não tinha relações sexuais e o resultado foi não ter sido capaz de me violar. Comecei a espernear e a mordê-lo, além de gritar a plenos pulmões, enquanto ele não parava de me perguntar se eu era alemã. Respondi - lhe: Não, sou judia e vim de um dos campos. Mostrei - lhe o número que tinha tatuado no braço. Foi nesse momento que ele se retraiu. Quem sabe se ele próprio não era judeu. Não sei o que ele era. Virou - se,  pôs - se de pé e desatou a correr."

Helena nasceu em 1920 na antiga Checoslováquia e morreu em 2005 em Israel.

Fontes: Jornal Opção,  Brasil;
Livro "Auschwitz e a "Solução Final", de Laurence Rees e wikipedia.org.de.

Como se não bastasse o tratamento desumano a que judeus e outros foram submetidos, ainda violaram mulheres saídas de campos de concentração e num estado lastimável! Para que não caia no esquecimento.

Até breve!

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