quarta-feira, 29 de julho de 2015

Inteligência Emocional

Os conceitos de Inteligência Emocional, Interpessoal e Social vieram revolucionar o antigo conceito de Inteligência, tornando obsoletos os testes de QI.

Inteligência emocional é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os das outras pessoas,  bem como a capacidade de lidar com eles.

A expressão "Inteligência Emocional" ganhou popularidade com a publicação do livro "Inteligência Emocional", de Daniel Goleman,  em 1995, mas este tema já era pesquisado desde o início da década de 90 por Peter Salovey e John Mayer,  através da publicação de artigos em jornais académicos.

Salovey e Mayer definiram-na, no ano 2000,  como "a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento,  compreender e raciocinar com ela,  e saber regulá-la em si próprio e nos outros".

Estes dividiram - na em quatro domínios:

1 - Percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos,  como a voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional da outra;

2 - Uso das emoções - tem a ver com a capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio;

3 - Entender emoções - é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes;

4 - Controle (e transformação) da emoção - constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional: é a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

E qual das duas inteligências (cognitiva e emocional) é a mais importante?

A inteligência cognitiva é constituída por diversas capacidades do ser humano como a memória,  a atenção,  a linguagem,  etc.

A inteligência emocional prende-se com elementos sociais e emocionais.

Segundo Daniel Goleman, a Inteligência Cognitiva contribui até aos 20%, o que deixa os restantes 80% para outros âmbitos como a Inteligência Emocional.

De facto,  muitas pesquisas recentes concluem que certos traços da personalidade têm muito mais peso nos resultados alcançados na vida do que o grau de inteligência.

Um exemplo: para se entrar na Will -Cornell University, tanto para alunos que querem seguir medicina como para candidatos ao doutoramento,  são efectuados testes à inteligência cognitiva e à emocional,  já que a competição é enorme.  Desta forma os alunos excluídos são os que são bons no papel (QI) e fracos na vida (QE).

Com um beijo manifestamos os nossos sentimentos e evocamos as nossas emoções. (Wikipédia)

Fontes: Wikipédia,  Psychie.blogs (os excertos foram traduzidos do espanhol), latec, excellencestudio e brasil247. Alguns excertos foram modificados.



terça-feira, 28 de julho de 2015

Quatro poemas de quatro poetas

Como já devem ter reparado eu gosto muito de poesia.

Eu já escrevi sobre a Sophia de Mello Breyner Andresen e hoje faço uma pequena homenagem a quatro poetas portugueses: Cesário Verde, Florbela Espanca, António Feijó e Fernando Pessoa.

Cesário Verde (1855 - 1886)

"De Tarde"

Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão - de - bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois,  em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via,
E houve talhadas de melão,  damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas,  todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

Florbela Espanca (1894 - 1930)

" Se tu viesses ver-me..."

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca...o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte...os teus abraços...
Os teus beijos...a tua mão na minha...

Se tu viesses quando,  linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri.

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

António Feijó (1859 - 1917)

" O Amor e o Tempo"

Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor,  o Tempo,  a minha amada
E eu subíamos um dia.

Da minha amada no gentil semblante
Já se víam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.

- "Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim,  que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!"

Súbito,  o Amor e o Tempo,  combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
- "Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis? " - Nesse momento,

Volta-se o Amor e diz com azedume:
- "Tende paciência,  amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus! "

Fernando Pessoa (1888 - 1935)

" Autopsicografia"

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira,  a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. "







sábado, 25 de julho de 2015

Ver a Rua das Flores com outros olhos

Olá!

Quando eu andava na escola,  eu não gostava nada de história,  já que era uma disciplina de "empinar" como vulgarmente se diz.  Ora,  quem decora tudo depressa esquece! Hoje, e com bastantes mais aninhos em cima, acho maravilhoso saber o que aconteceu às coisas e pessoas ao longo dos tempos. 

Hoje, vamos falar sobre a Rua das Flores, uma rua que está muito "in". Vamos,  então,  vê-la não como simples transeuntes. 

Esta famosa rua foi mandada abrir em 1518 por D. Manuel,  de forma a ligar o Largo de S. Domingos à Porta de Carros (uma porta da muralha fernandina que ficava, sensivelmente,  no topo da actual Praça de Almeida Garrett (em frente à Igreja dos Congregados).

Inicialmente,  chamou-se Rua de Santa Catarina das Flores, nome que se deve ao facto de,  naquela altura, lá existirem muitas hortas e pomares.

A rua foi aberta em terrenos quase todos pertencentes à Igreja. Por este motivo, as casas ficaram aforadas ao bispo e ao cabido (agrupamento de cónegos ou de outros sacerdotes).

Foi calcetada em 1542 e passou a ser uma das principais ruas da cidade, sendo mesmo escolhida por nobres e burgueses para nela construirem luxuosos palacetes.

Ainda hoje é considerada a mais tripeira das ruas portuenses.

A rua ganhou igualmente notoriedade por nela ter ocorrido um crime.  Diz - se que um médico chamado Dr. Urbino de Freitas terá morto, com amêndoas envenenadas, uns sobrinhos, com o intuito de herdar a valiosa fortuna que lhes estava destinada.

Do lado direito de quem desce, abriram as suas lojas muitos dos ourives e comerciantes de ouro e jóias da cidade, a ponto de lhe chamarem a Rua do Ouro do Porto. Hoje já restam poucas como as ourivesarias Pedro A. Baptista e das Flores.

Do outro lado,  abundavam as lojas de panos.  Muitas lavradeiras e raparigas casadouras dos arrabaldes (arredores) gastaram nas lojas desta rua o melhor dos seus dotes em enxovais,  cordões e arrecadas (brincos em forma de argolas) que,  depois,  exibiam nas festas e romarias das suas terras.

De entre os edifícios mais notáveis,  além da Casa e Igreja da Misericórdia ( a casa hoje é um museu), destacam-se as casas dos Maias (no nr. 29 e do século XVI),  da Companhia (no nr. 69), dos Sousa e Silva (nos nrs. 79 a 83, cujo brasão ostenta a data de 1703), dos Constantino (no nr. 139 e do século XVII) e dos Cunha Pimenteis
(edifício de grande valor histórico,  na esquina com o Largo de S. Domingos e do século XVI).

Se for à "Bolas da Praia" comer uma bola de Berlim ou à "Farggi" comer um gelado não se esqueça de ver a Rua das Flores com outros olhos! Bom passeio!


Os excertos foram tirados de Porto XXI e Porto 24 e modificados.  Também foi utilizado o Dicionário da Língua Portuguesa de 2013.




terça-feira, 21 de julho de 2015

Há sempre música entre nós

Uma das definições de "música" do Dicionário de Língua portuguesa de 2013 é: "arte de combinar harmoniosamente vários sons,  frequentemente de acordo com regras definidas, ...", mas a definição de que eu gosto mais é a do Prof. Liomar:
"Podemos dizer que a música é a arte de combinar os sons e o silêncio. ".

Apesar do gosto musical variar de pessoa para pessoa,  a música é um meio de comunicação universal e que remonta à Pré - história. Temos esse conhecimento através de pinturas rupestres.

Nós somos os seres vivos com o mais alto poder de pensamento racional,  a maior capacidade associativa,  enormes recursos de memória e o único ser vivo que domina a fala articulada;  a verdadeira coroa da criação.

Para nós,  o conceito de sermos influenciados por um som,  que é algo abstracto e efémero,  pode parecer estranho.  Temos a noção clara de gostar ou não de uma música e isso pode - nos levar a pensar que esta escolha baseada no gosto pessoal é a única influência que a música pode ter sobre nós . Se eu não gosto de uma música,  ela não me vai afectar. Mas não é bem assim.

A experiência musical atinge muito mais do que o simples gostar ou não gostar.

A música tem a capacidade de atingir o corpo do indivíduo de duas maneiras: directamente, onde o som actua sobre as células e os órgãos e, indirectamente, actua nas emoções e pode influenciar vários processos corporais e provocar a ocorrência de tensões e relaxamentos em diferentes partes do corpo.

Há estudos que indicam que a utilização da música como instrumento na aprendizagem apresenta grandes benefícios na melhoria da qualidade do ensino, já que nos afecta física e emocionalmente e é uma grande ajuda na aquisição de uma nova língua.

Agora imagine esta cena de um filme de terror: uma aranha monstruosa e mortal a aproximar-se sorrateiramente de um bebé.  Para si não é difícil imaginar o tipo de música de fundo, pois não? É que a combinação filme/música não é aleatória, porque a música consegue passar uma mensagem complexa e profunda, mesmo sem palavras.

Quando um realizador de cinema junta uma banda sonora ao filme, este sabe, à priori, que esta música passará a mesma mensagem a todos os que assistirem ao filme, onde quer que estejam (Portugal, Japão, etc).

"Há sempre música entre nós / Nós a cantar não estamos sós / Cantaremos até ao amanhecer..." - Dina

" Quem canta seu mal espanta" - provérbio popular.

Alguns excertos são do Prof. Levi de Paula Tavares e outros de Marcos Paulo Moreira.

domingo, 19 de julho de 2015

Comer emocionalmente

Comer é fundamental para a nossa qualidade de vida.

Para termos uma alimentação saudável e equilibrada devemos consumir diariamente:
- 5 porções de fruta ou vegetais;
- 2 a 3 porções de leite, iogurte ou queijo;
- 2 porções de alimentos ricos em proteínas como a carne, o peixe, as leguminosas ou os ovos;
- 5 a 6 porções de alimentos que contenham hidratos de carbono como o pão,  a massa, o arroz,  etc..

Para além disso,  nunca devemos estar mais de 3 horas sem comer.

A comida pode ter um efeito reconfortante.  Quando nos sentimos tristes,  ansiosos,  angustiados e comemos um chocolate sentimo-nos logo melhor.

As lembranças e os gostos agradáveis que associamos aos alimentos menos saudáveis não são os únicos factores que contribuem para comer de uma forma emocional.

Comer emocionalmente é uma forma errada de compensação.

A maioria das pesquisas sobre alimentos e emoções analisou a experiência global de comer: sabores, cheiros,  texturas e nutrientes.

Neste estudo contou a experiência fora da mesa,  já que os diversos voluntários foram alimentados por tubos no estômago.

A doze pessoas saudáveis e com o peso normal foram dados um destes dois tipos diferentes de soluções: uma solução de ácidos gordos saturados e uma solução salina que serviu de controlo.

A seguir à alimentação,  os pesquisadores induziram sentimentos de tristeza aos voluntários,  tocando música clássica triste e mostrando - lhe imagens de rostos igualmente tristes.

Mesmo neste ambiente artificial, a gordura saturada pareceu afastar as emoções negativas. Os  voluntários a que a ela foram submetidos ficaram mais optimistas. Comer emocionalmente não é apenas psicológico mas também biológico, já que as barrigas dos participantes estavam cheias da solução de gordura saturada.

Foram feitas ressonâncias magnéticas aos cérebros dos participantes e chegou-se à conclusão que a solução gordurosa acalmou a actividade em certas regiões do cérebro onde se manifestam os sentimentos,  neste caso a tristeza.

Os cientistas explicam que, dado o forte efeito calmante dos alimentos num nível biológico,  as pessoas têm que "trabalhar" ainda mais,  de forma a encontrar maneiras alternativas e não calóricas para sentirem conforto.

A longo prazo isto é importante para gerir o peso, melhorar a auto estima e proteger a saúde em geral.

Existem terapias que ajudam a controlar a alimentação emocional.

O primeiro passo é admitir que se está a comer devido a uma emoção.

Qualquer que seja a sua escolha alimentar,  é relevante aprender a controlar-se e a agir com moderação.

Aguns excertos foram tirados de "centrum" e "hype science" e adaptados.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Florença - uma das cidades mais belas da Europa

As férias lembram - nos viagens e outro destino imperdivel é Florença,  em Itália.

Esta cidade é a capital da Toscana e considerada o berço do Renascimento.

Tem cerca de 377.000 habitantes.

É a cidade natal de Dante Alighieri,  que escreveu "A Divina Comédia".

Por onde quer que passe tem monumentos lindíssimos para visitar.

Entre eles,  eu aconselho os seguintes:

- Catedral de Santa Maria del Fiore - A sua construção começou em 1294 e terminou em 1436 e são vários os seus estilos arquitectónicos: arquitectura do Renascimento,  arquitectura gótica e neogotica.

- Galeria degli Uffizi (Galeria dos Ofícios) - É um palácio fundado em 1581 e que funciona como museu. Se quiser visitar esta galeria compre os bilhetes antecipadamente online,  já que as filas são intermináveis!

- Palácio Vecchio (Palácio Velho) - Nele estão os Paços do Conselho.  No seu interior tem um museu,  que é a parte que se pode visitar.  O Palácio começou a ser construído no século XIII e concluído no século seguinte.  Sofreu várias outras construções e ampliações entre os séculos XIII e XVI e o seu estilo arquitectónico é o do Renascimento.

- Pallazo Pitti - Situa-se na margem direita do rio Arno e tem um estilo Renascentista.
Foi projectado no século XV e ampliado nos séculos XVI e XVII.

Santa Maria Novella - É a principal igreja dominicana de Florença. A sua construção começou no século XIII e foi concluída no século XV. Os seus estilos arquitectónicos são a arquitectura do Renascimento e o gótico.

Deixo para o fim uma ponte maravilhosa: Ponte Vecchio (Ponte Velha). É em arco medieval e no seu tabuleiro tem muitas relojoarias e ourivesarias dos dois lados.

Pensa-se que foi construída na Roma Antiga e que era feita de madeira. Esta ponte pedonal foi destruída por cheias no século XIV e reconstruida no mesmo século.

Curiosidade sobre a Ponte Vecchio: ao longo da ponte há vários cadeados que simbolizam a eterna ligação dos amantes.  Os namorados/casais iam lá,  punham o cadeado e lançavam a chave ao rio Arno. É claro que todo este peso começou a ser prejudicial para a ponte e agora paga-se uma multa se se puser um cadeado!

Visite Florença e vai ver que vai querer voltar!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Mindfulness

Há algum tempo atrás vi na televisão uma nova terapia para o stress: a pintura de livros já com desenhos.

Para mim toda e qualquer forma de arte é uma excelente maneira de combater o stress, mas fui logo à FNAC comprar um livro para pintar.  Bem, a escolha foi muito difícil porque há uma grande variedade!

Então, depois de folhear uns cinco ou seis livros, trouxe o "Mindulness", o que foi um erro porque as folhas são finíssimas!

Mas o que é o mindfulness?
Segundo Wayne Dyer " Viver no momento presente,  estar em contacto com o agora é a raiz de viver de uma forma bem sucedida; não existe outro momento para viver. Agora é tudo o que existe e o futuro é outro momento presente para viver quando chegar ao agora".

A nossa mente está frequentemente no passado ou no futuro e não no presente. Isto provoca ansiedade,  stress e desequilíbrios emocionais.

O "mindfulness" consiste em focarmos a nossa atenção no momento presente,  com uma atitude aberta e despojada de juízos de valor.

Há muitas formas de aliviar o stress como a acupunctura, a aromaterapia,  as massagens,  a leitura de um bom livro, a meditação,  o exercício físico, a audição de música clássica, os duches prolongados de água morna, a respiração oriental, pintar, escrever, etc..

Se repararmos,  ao fazer cada uma das actividades acima mencionadas,  estamos a focar a nossa atenção plena nessas mesmas actividades,  ou seja, a praticar o mindfulness!

Experimente comprar um livro com desenhos para pintar para si e para o/a seu/sua filho/a  pôr uma música calma e, assim, terminar o seu dia em beleza! Eu e a minha filha costumamos fazê-lo e adoramos!



terça-feira, 14 de julho de 2015

Dublin

Hoje, a aspirante a blogger (eu!) está com dores de cabeça...

Uma das melhores coisas que podemos fazer na vida é viajar. É um dinheiro bem aplicado porque enriquece a alma. É muito bom conhecer novos sítios,  culturas e pessoas.

Hoje vou falar-vos de Dublin na Irlanda. Eu só conheço a República da Irlanda que fica no sul deste país. Como é do vosso conhecimento,  a parte norte faz parte do Reino Unido e é menos pacífica. 

Os Irlandeses são um povo muito simpático e as crianças são bem vindas.

A Irlanda é um país caro, mas podem optar por ficar num B & B (bed and breakfast) e alugar um carro.

O que visitar em Dublin?

- O Trinity College - Esta universidade é a mais famosa da Irlanda e data do século XVI. Tem uma biblioteca (Old library) com mais de quatro milhões de livros.  Nela estudaram Oscar Wilde e Samuel Beckett;

- O Temple bar - É um bairro antigo e é onde se encontra a vida nocturna de Dublin.  Tem muitos bares, galerias de arte e restaurantes;

- O Castelo - É um castelo imponente que esteve durante muitos anos sob o domínio inglês.  Só foi entregue ao Estado irlandês e a Michael Collins (1) em 1922.  O Castelo data do século XVIII. 

- A Catedral de S. Patrick - Esta situa-se no lugar onde se acredita que St.  Patrick terá convertido os cristãos ao baptismo em 450. 

- St.  Stephen's Green - É um belo parque no centro de Dublin, onde poderá fazer um piquenique,  ler um livro e relaxar.

Há muitos mais monumentos a visitar (Christ Church Cathedral,  Malahide Castle,  etc).

Há duas ruas por onde tem que passar: Grafton e O'Connell street.
A Grafton street é a avenida com mais comércio de Dublin, pedonal e onde se encontram representadas as multinacionais mais conhecidos.  Tem músicos a tocar e artesãos a vender diversos produtos.
A O'Connell street é uma das mais largas avenidas da Europa.  Outrora tinha edifícios clássicos que, infelizmente,  foram destruídos durante a Revolta da Páscoa (2) em 1916.

(1) Quem foi Michael Collins?  Foi um líder revolucionário irlandês,  que agiu como Ministro das Finanças da República Irlandesa. Nasceu em 1890 e foi assassinado em 1922.

(2) O que foi a Revolta da Páscoa? Foi uma rebelião na Irlanda durante a semana santa de 1916. Os militantes republicanos Irlandeses tentaram ganhar a independência em relação ao Reino Unido, mas os seus líderes acabaram por ser executados. 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Sophia de Melo Breyner Andresen

Hoje decidi fazer uma pequena homenagem à minha poetisa preferida: Sophia de Mello Breyner Andresen. Aqui vão alguns dos meus poemas favoritos. Espero que gostem!

Noite

Sozinha estou entre paredes brancas
Pela janela azul entrou a noite,
Com o rosto altíssimo de estrelas.

Passagem

O êxtase do ar e a palavra do vento
Povoaram de ti meu pensamento.

Despedida

Na estação na tarde o fumo
O rumor o vaivém as faces
Anónimas
Criam no interior do amor um outro cais

As lágrimas
O fogo da minha alma as queima antes que brotem.

Felicidade

Pela flor pelo vento pelo fogo
Pela estrela da noite tão límpida e serena
Pelo nacar do tempo pelo cipreste agudo
Pelo amor sem ironia - por tudo
Que atentamente esperamos
Reconheci tua presença incerta
Tua presença fantástica e liberta.

EIS-ME

Eis-me
Tendo - me despido de todos os meus mantos
Tendo - me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face

Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce a escada do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio

Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente.

Dedico este último poema à minha mãe (uma pequena grande senhora) que,  infelizmente,  já não se encontra entre nós,  mas que permanecerá para sempre dentro de nós.

Sobre Sophia...

Esta poetisa fantástica, que joga maravilhosamente com as palavras, nasceu a 6 de Novembro de 1919 no Porto.
Tinha origem dinamarquesa por parte do pai.
Foi criada na velha aristocracia portuguesa e educada nos valores tradicionais da moral cristã.
Casou-se em 1946 com o jornalista,  político e advogado Francisco Sousa Tavares e teve cinco filhos.
Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto.
Em 1998 ganhou o Prémio Camões e foi agraciada com um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Aveiro.
Em 2003 foi distinguida com o Prémio Rainha Sofia.
Sophia faleceu,  aos 84 anos,  no dia 2 de Julho de 2004 em Lisboa.
Foi trasladada para o Panteão Nacional no dia 2 de Julho de 2014.

Óbidos - Vila medieval

Eu estive há pouco tempo em Óbidos e, mais uma vez, adorei! O slogan "Vá para fora cá dentro" faz todo o sentido,  já que o nosso País é muito rico culturalmente.

Percorrer a rua principal cheia de lojinhas de souvenirs da região e almoçar, jantar ou tomar o brunch no "Óbidos lounge" é fantástico.

Muito perto há hotéis com piscina e a praia é a quinze minutos de Óbidos de carro.

Tire uns dias e visite este local maravilhoso!

De 26 de Julho a 4 de Agosto há uma Feira Medieval a não perder!

Prove a ginja em copo de chocolate e coma o copo!

O castelo de Óbidos data dos sécs. XII e XIII e a Torre de Menagem do século XIV.

Erguido sobre um pequeno monte,  foi fruto de diversas intervenções arquitectónicas ao longo dos séculos.

O castelo e todo o conjunto urbano da Vila de Óbidos estão classificados como Monumento Nacional desde 05/01/1951.

A 07/07/2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.

Doada como presente de casamento por D.  Dinis à Rainha Santa Isabel durante as núpcias ali passadas,  a Vila passou a integrar o dote de todas as rainhas de Portugal até 1834.

Não podemos deixar de falar numa grande pintora chamada Josefa De Óbidos.

Esta nasceu em Sevilha em 1630 e foi para Óbidos com 6 anos.

Destacou-se na pintura de flores e animais inanimados,  bem como retratista da Família Real Portuguesa.

Tendo vivido quase sempre na Quinta da Capeleira,  a sua reputação foi tal que muitos dos que iam tomar banhos às Caldas da Rainha,  se desviavam do seu caminho para irem a Óbidos cumprimentá-la.

Faleceu neste lugar em 1684.

domingo, 12 de julho de 2015

A pele

A pele

A pele é o órgão do nosso corpo que está exposto a todo o tipo de agressões: calor,  frio,  vento, etc. Por este motivo,  devemos limpar, hidratar e proteger a pele diariamente.

Limpeza

Deve ser feita duas vezes por dia (manhã e noite). Mesmo quem não usa maquilhagem deve fazê-lo.
Faça uma exfoliacao e uma máscara semanalmente.

Hidratação

Uma pele bem hidratada é o primeiro passo para a prevenção das rugas.  Um creme económico e eficaz é o Nivea.
Para peles sensíveis opte por cremes sem perfume e parabenos.

Protecção adicional

Não saia de casa sem aplicar protector solar nos dias de sol e em todas as estações do ano. Atrase, assim,  o aparecimento das rugas.

Para exfoliar o rosto pode optar por produtos caseiros como uma mistura de mel e açúcar.  Massage a pele  em pequenos círculos para remover todas as células mortas.
A seguir faça uma máscara de, por exemplo, mel, e deixe actuar durante dez minutos. Limpe abundantemente com água morna et voilá!