Quando eu andava na escola, eu não gostava nada de história, já que era uma disciplina de "empinar" como vulgarmente se diz. Ora, quem decora tudo depressa esquece! Hoje, e com bastantes mais aninhos em cima, acho maravilhoso saber o que aconteceu às coisas e pessoas ao longo dos tempos.
Hoje, vamos falar sobre a Rua das Flores, uma rua que está muito "in". Vamos, então, vê-la não como simples transeuntes.
Esta famosa rua foi mandada abrir em 1518 por D. Manuel, de forma a ligar o Largo de S. Domingos à Porta de Carros (uma porta da muralha fernandina que ficava, sensivelmente, no topo da actual Praça de Almeida Garrett (em frente à Igreja dos Congregados).
Inicialmente, chamou-se Rua de Santa Catarina das Flores, nome que se deve ao facto de, naquela altura, lá existirem muitas hortas e pomares.
A rua foi aberta em terrenos quase todos pertencentes à Igreja. Por este motivo, as casas ficaram aforadas ao bispo e ao cabido (agrupamento de cónegos ou de outros sacerdotes).
Foi calcetada em 1542 e passou a ser uma das principais ruas da cidade, sendo mesmo escolhida por nobres e burgueses para nela construirem luxuosos palacetes.
Ainda hoje é considerada a mais tripeira das ruas portuenses.
A rua ganhou igualmente notoriedade por nela ter ocorrido um crime. Diz - se que um médico chamado Dr. Urbino de Freitas terá morto, com amêndoas envenenadas, uns sobrinhos, com o intuito de herdar a valiosa fortuna que lhes estava destinada.
Do lado direito de quem desce, abriram as suas lojas muitos dos ourives e comerciantes de ouro e jóias da cidade, a ponto de lhe chamarem a Rua do Ouro do Porto. Hoje já restam poucas como as ourivesarias Pedro A. Baptista e das Flores.
Do outro lado, abundavam as lojas de panos. Muitas lavradeiras e raparigas casadouras dos arrabaldes (arredores) gastaram nas lojas desta rua o melhor dos seus dotes em enxovais, cordões e arrecadas (brincos em forma de argolas) que, depois, exibiam nas festas e romarias das suas terras.
De entre os edifícios mais notáveis, além da Casa e Igreja da Misericórdia ( a casa hoje é um museu), destacam-se as casas dos Maias (no nr. 29 e do século XVI), da Companhia (no nr. 69), dos Sousa e Silva (nos nrs. 79 a 83, cujo brasão ostenta a data de 1703), dos Constantino (no nr. 139 e do século XVII) e dos Cunha Pimenteis
(edifício de grande valor histórico, na esquina com o Largo de S. Domingos e do século XVI).
Se for à "Bolas da Praia" comer uma bola de Berlim ou à "Farggi" comer um gelado não se esqueça de ver a Rua das Flores com outros olhos! Bom passeio!
Os excertos foram tirados de Porto XXI e Porto 24 e modificados. Também foi utilizado o Dicionário da Língua Portuguesa de 2013.
Ainda hoje é considerada a mais tripeira das ruas portuenses.
A rua ganhou igualmente notoriedade por nela ter ocorrido um crime. Diz - se que um médico chamado Dr. Urbino de Freitas terá morto, com amêndoas envenenadas, uns sobrinhos, com o intuito de herdar a valiosa fortuna que lhes estava destinada.
Do lado direito de quem desce, abriram as suas lojas muitos dos ourives e comerciantes de ouro e jóias da cidade, a ponto de lhe chamarem a Rua do Ouro do Porto. Hoje já restam poucas como as ourivesarias Pedro A. Baptista e das Flores.
Do outro lado, abundavam as lojas de panos. Muitas lavradeiras e raparigas casadouras dos arrabaldes (arredores) gastaram nas lojas desta rua o melhor dos seus dotes em enxovais, cordões e arrecadas (brincos em forma de argolas) que, depois, exibiam nas festas e romarias das suas terras.
De entre os edifícios mais notáveis, além da Casa e Igreja da Misericórdia ( a casa hoje é um museu), destacam-se as casas dos Maias (no nr. 29 e do século XVI), da Companhia (no nr. 69), dos Sousa e Silva (nos nrs. 79 a 83, cujo brasão ostenta a data de 1703), dos Constantino (no nr. 139 e do século XVII) e dos Cunha Pimenteis
(edifício de grande valor histórico, na esquina com o Largo de S. Domingos e do século XVI).
Se for à "Bolas da Praia" comer uma bola de Berlim ou à "Farggi" comer um gelado não se esqueça de ver a Rua das Flores com outros olhos! Bom passeio!
Os excertos foram tirados de Porto XXI e Porto 24 e modificados. Também foi utilizado o Dicionário da Língua Portuguesa de 2013.
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