terça-feira, 21 de julho de 2015

Há sempre música entre nós

Uma das definições de "música" do Dicionário de Língua portuguesa de 2013 é: "arte de combinar harmoniosamente vários sons,  frequentemente de acordo com regras definidas, ...", mas a definição de que eu gosto mais é a do Prof. Liomar:
"Podemos dizer que a música é a arte de combinar os sons e o silêncio. ".

Apesar do gosto musical variar de pessoa para pessoa,  a música é um meio de comunicação universal e que remonta à Pré - história. Temos esse conhecimento através de pinturas rupestres.

Nós somos os seres vivos com o mais alto poder de pensamento racional,  a maior capacidade associativa,  enormes recursos de memória e o único ser vivo que domina a fala articulada;  a verdadeira coroa da criação.

Para nós,  o conceito de sermos influenciados por um som,  que é algo abstracto e efémero,  pode parecer estranho.  Temos a noção clara de gostar ou não de uma música e isso pode - nos levar a pensar que esta escolha baseada no gosto pessoal é a única influência que a música pode ter sobre nós . Se eu não gosto de uma música,  ela não me vai afectar. Mas não é bem assim.

A experiência musical atinge muito mais do que o simples gostar ou não gostar.

A música tem a capacidade de atingir o corpo do indivíduo de duas maneiras: directamente, onde o som actua sobre as células e os órgãos e, indirectamente, actua nas emoções e pode influenciar vários processos corporais e provocar a ocorrência de tensões e relaxamentos em diferentes partes do corpo.

Há estudos que indicam que a utilização da música como instrumento na aprendizagem apresenta grandes benefícios na melhoria da qualidade do ensino, já que nos afecta física e emocionalmente e é uma grande ajuda na aquisição de uma nova língua.

Agora imagine esta cena de um filme de terror: uma aranha monstruosa e mortal a aproximar-se sorrateiramente de um bebé.  Para si não é difícil imaginar o tipo de música de fundo, pois não? É que a combinação filme/música não é aleatória, porque a música consegue passar uma mensagem complexa e profunda, mesmo sem palavras.

Quando um realizador de cinema junta uma banda sonora ao filme, este sabe, à priori, que esta música passará a mesma mensagem a todos os que assistirem ao filme, onde quer que estejam (Portugal, Japão, etc).

"Há sempre música entre nós / Nós a cantar não estamos sós / Cantaremos até ao amanhecer..." - Dina

" Quem canta seu mal espanta" - provérbio popular.

Alguns excertos são do Prof. Levi de Paula Tavares e outros de Marcos Paulo Moreira.

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