segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

2016 na corda bamba

Olá! Espero que tenham tido um bom Natal.

Com o aproximar do novo ano vemo-nos "obrigados" a fazer planos. Isto porque pensar no ano velho leva-nos a reflectir sobre o que devíamos ter feito e não fizemos e sobre as coisas que não correram tão bem como gostaríamos.

Eu não sei porquê mas, ao recordar o ano que está prestes a acabar, somos bombardeados por uma série de pensamentos negativos como se o mesmo tivesse sido um fardo.

No entanto,  agimos como se tivéssemos uma varinha mágica que, à meia-noite do dia 31, tornasse todos os dias do novo ano em dias cor-de-rosa.

2016 será o ano de todas as mudanças: deixaremos de fumar,  de comer muitos doces, faremos mais exercício físico, etc.

Será?!? Conseguimos concretizar os planos que fizemos para 2015? Ou será que, em vez de comermos as doze passas ao bater da meia-noite,  só conseguimos engolir onze e o feitiço foi quebrado? E quem não gosta de uvas passas? Será que entrámos em 2015 com o pé esquerdo em vez do direito?

O novo ano começa cheio de esperança. Em festas ou na quietude do lar não há quem não o veja como uma mudança.

Na minha opinião,  o ano novo não é mais do que a continuação do anterior. É claro que tudo farei para que seja um ano bom para mim, para as pessoas que me rodeiam e para aquelas que, anonimamente,  ajudo.

Um 2016  cheiinho de coisas boas e sejam solidários!

Deixo - vos com um excerto de um poema de Luís Vaz de Camões.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
(...)"







segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Um conto de Natal

Olá a todos! O meu blogue tinha "encerrado para férias",  mas a vontade de escrever "rodou a maçaneta da porta".

O meu último artigo "O Natal do outro lado do espelho" foi lido por 143 pessoas. Agradeço a todos os familiares e amigos que, com a sua leitura, opinião e partilha, contribuiram para a evolução, divulgação e crescimento do blogue.

"A casa amarela sobressaía na paisagem de nuvens brancas que pintavam a calçada e árvores salpicadas de flocos de neve.

A noite galgava os montes e vales e deixava a descoberto as luzinhas que, sorrateiramente, espreitavam pelas janelas de portadas verdes abertas de par- em - par para deixar entrar o Natal.

O perfume da farta doçaria espalhava - se pelas salas e corredores. Era um gosto ver aquela sopa dourada e dava vontade de, disfarçadamente, mergulhar o dedo, lambê-la e alisar a superfície. Os mexidos, o pudim de Abade de Priscos e os sonhos diziam "comam-me" em silêncio.

A lareira acesa polvilhava a casa com conforto e luz.

Há muito tempo que a mesa estava toda aperaltada com uma toalha de linho branca bordada com azevinhos.

As pessoas começavam a chegar e a ocupar as elegantes cadeiras de pescoço comprido e lustroso.

As crianças esperavam ansiosamente a vinda do Pai Natal, enfiadas em bonitos vestidos e calções.

No gira - discos rodava um LP de música de Natal, que a dona da casa trouxera de Londres.

As empregadas, de batas pretas e aventais branquinhos, depressa encheram a mesa de travessas onde o bacalhau,  as couves, as cenouras, as batatas e os ovos cozidos abundavam.

- Podem começar a comer,  disse a avó,  colocando o guardanapo no colo.

Agora a música já tinha sido abafada pelas vozes.

As crianças limparam os pratos rápidamente e sem reclamar;  tudo pelas prendas que um senhor muito,  muito velhinho,  mas ainda muito forte,  mais tarde traria.

Depois do jantar,  jogaram ao loto e os meninos e as meninas cantaram canções que tinham ensaiado com afinco.

- Agora, interrompeu a avó,  vão todos comigo à cozinha.

A mesa estava repleta!

- Mas, avó,  nós já jantámos!, exclamou o Manuel.

- Sim, disse a avó, e continuou: - Peguem nas travessas e vamos à salinha.

A salinha, outrora albergava um piano, uma mesa de xadrez,  um banquinho e um sofá.

Quando a porta se abriu depararam - se com uma mesa toda janota,  à volta da qual estavam sentadas umas vinte pessoas.

- Boa noite a todos!, disse, alegremente,  a avó.

As pessoas de unhas negras, cabelos desalinhados e roupas coçadas retribuiram o "boa noite" com o olhar pousado na comida.

- A partir de hoje e sempre neste dia
teremos estes amigos a jantar cá em casa, explicou a avó. - Bom apetite e um feliz Natal!

A aldeia cobrira-se,  entretanto,  de uma espessa camada de neve. O sino da igreja cortava o silêncio da noite anunciando a missa do galo. O Natal tinha finalmente chegado."

Um Natal muitoooooo feliz para todos!













sábado, 5 de dezembro de 2015

O Natal do outro lado do espelho

O Natal, é uma época festiva que me deprime, contrariamente à maior parte das pessoas.

Para mim o verdadeiro Natal era a época das prendas colocadas no sapatinho,  em que a excitação era tanta que eu e a minha irmã acordavamos às seis da manhã e desciamos as escadas a correr para vermos o que o Pai Natal nos tinha trazido.

Nesses Natais, e ainda criança, eu não pensava nas pessoas que passam o Natal sós, nos sem - abrigo...

O significado do Natal mudou muito! Não é a altura em que o menino Jesus nasceu, mas um espírito demasiado consumista que põe as pessoas stressadas à procura de presentes!

Mas qual é o significado disto tudo? As pessoas gastarem o que têm e o que não têm, enquanto outras não têm o que comer?!?

Eu não sou uma pessoa pessimista; sou realista.  A minha realidade é positiva, mas os meus olhos estão bem abertos para outras realidades bem diferentes.  E ainda bem!

Às vezes, nesta altura,  as pessoas são invadidas por uma onda de solidariedade e dão brinquedos e roupas usadas aos pobres. Eu admiro,  sem dúvida,  esta atitude das pessoas mas,  acho lamentável que no resto do ano ninguém se lembre das pessoas que nada têm.

Estes comentários não fazem de mim qualquer espécie de santa!  Mas eu acho louvável o facto de ainda existirem pessoas que, várias vezes por semana, abdicam do seu tempo livre para irem dar de comer e agasalhos aos mais necessitados.

Sempre que derem roupa e brinquedos pensem se os gostariam de receber. É que dar o que já não presta para nós não é dar. As outras pessoas são pessoas como nós. A diferença está nas oportunidades que foram dadas a umas e não a outras.

Façam no vosso dia a dia algo de bom para as pessoas menos afortunadas e verão que, quando chegar o Natal, sentir-se-ão muito mais enriquecidos por dentro.

Um bom Natal para todos!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A perda

Olá!

Hoje vou abordar um tema que é triste para todos nós: a perda de alguém que foi muito marcante na nossa vida.

Uns perderam o pai, outros a mãe (como eu), um filho, um amigo de longa data... A verdade é que quanto mais envelhecemos mais pessoas perdemos.

Mas, num momento de uma dor e um vazio enormes, o que devemos fazer para andar para a frente?

O tempo requerido para o "luto" (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda,  do significado desta para a pessoa, do seu modo particular de lidar com situações de crise,  do apoio disponível no seu meio familiar e social,  das suas crenças e outros aspectos.

A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.

Mas, além da tristeza,  as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, levar-nos a repensar as nossas vidas e os nossos valores, passando a perceber o que é realmente importante é o que é supérfluo,  e podem transformar-nos em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.

Algumas sugestões que podem ajudar nesta fase difícil:

1 - Fale sobre a sua perda e a sua dor. Não esconda as suas emoções e, sobre tudo, não sofra sozinho.

2 - Enfrente o sentimento de culpa (há sempre coisas que achamos que devíamos ter feito e não fizemos).

3 - Trabalhe os sentimentos de raiva e revolta, aceitando-os. Irão desaparecer com o passar do tempo.

4 - Idealização - Há uma fase em que vemos a pessoa que partiu como perfeita. Com o tempo,  começará a vê-la como um ser humano real, com as suas qualidades e defeitos.

5 - Não se isole - Mesmo que não lhe apeteça,  procure a companhia de amigos. Você não está só e a companhia dos outros é muito benéfica.

6 - Mudança de valores - Depois de uma grande perda,  as pessoas têm a tendência a repensar os seus valores e reavaliar os seus objectivos de vida. Muitas vezes, estas mudanças são positivas.

7 - Nunca mais serei o mesmo - Este pensamento pode bem ser real, o que não significa que não possamos voltar a ser felizes. O melhor é trabalhar, superar a fase da revolta e da mágoa e decidir que se pode e deve viver o melhor possível.

8 - O primeiro ano após uma perda, geralmente não é um período adequado para tomar decisões importantes ou fazer grandes mudanças,  uma vez que uma pessoa amargurada tem a capacidade de julgamento diminuída.

9 - Reserve períodos e um local para as lembranças - Não fique o tempo todo a pensar na pessoa que partiu e a ver os seus objectos. Não os deixe espalhados. Coloque-os numa caixa ou num armário. Tente reservar um período específico do dia para pensar nessa pessoa e ver os seus pertences. Não há nada pior do que uma tristeza contínua.

10 - Prever dias e datas difíceis - Em dias como o nascimento e a morte da pessoa, no Natal, etc, não se isole. Esteja em companhia de pessoas que o/a estimem.

11 - Sentir culpa por se sentir bem - É comum as pessoas recusarem convites de amigos ou evitarem actividades agradáveis após uma grande perda. Perceba que se divertir não é deslealdade para com a pessoa que morreu. Muito pelo contrário;  essa pessoa quer, de certeza, que você esteja bem!

12 - Reajuste-se à vida e ao trabalho - Tirar uns dias para descansar é normal,  mas retome as suas actividades logo que possível. Elas são importantes para a sua recuperação.

13 - Liberte-se de expectativas irreais - Acreditar que a vida poderia ser diferente, não envolvendo sofrimentos e perdas é irreal, só traz revolta e prejudica - nos. Ninguém passa por situações que não mereça e estas contribuem para o nosso crescimento e fortalecimento.

14 - Integrando a perda - As pessoas têm que pôr de lado as perguntas relacionadas com o passado (porque é que isto aconteceu comigo/com ele/com ela?) e pensar: agora que isto aconteceu o que posso e devo fazer? / O que posso fazer para me sentir melhor?

15 - Um pesar excessivamente longo - Quando um sofrimento excessivo consome alguém por mais de um ano, geralmente o problema principal não é a perda em si, mas algum outro aspecto que é necessário conhecer. Muitas vezes isto acontece quando havia uma dependência excessiva em relação à pessoa que partiu,  quando a culpa é um componente muito forte na situação,  quando os problemas emocionais pessoais foram aumentados ou reforçados pela perda ou por outras razões significativas.

16 - Procure ajuda profissional,  se for necessário.

"Num deserto sem água,  numa noite sem lua,
Numa terra nua, por maior que seja o desespero,
Nenhuma ausência é mais profunda que a tua. "
Sophia de Mello Breyner Andresen

Fontes: Eu e psiqweb.med.br. (adaptado).

Até breve!



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O Estado Islâmico

Olá! Infelizmente, este assunto está muito em voga.

Depois dos atentados às torres gémeas (World Trade Center) e ao Pentágono no dia 11 de Setembro de 2001 (que provocaram cerca de 3000 mortos), do atentado contra os comboios suburbanos da Cercanias, em Madrid (do que resultou a morte de 191 pessoas e ferimentos em 2050 pessoas) no dia 11 de Março de 2004, do atentado a restaurantes,  bares e um estádio de futebol em Paris no dia 13 de Novembro deste ano (129 mortos e mais de 300 feridos) é necessário conhecer melhor este poderoso inimigo. Estes atentados não foram todos da autoria da ISIS. O primeiro foi reivindicado pela Al-Qaeda, o segundo por uma célula terrorista inspirada na organização acima mencionada e o último pela ISIS (nome inglês dado ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante).

Pela primeira vez desde a Primeira Guerra Mundial, uma organização armada está a redesenhar o mapa do Médio Oriente,  que franceses e britânicos traçaram em 1916, com o acordo Sikes-Picot. Esta organização é a Al-Sham ou ISIS em inglês.

(...) O Estado Islâmico parece envolvido numa espécie de limpeza religiosa por via de um proselitismo ( acção de tentar converter uma ou várias pessoas em prol de determinada causa, doutrina, ideologia ou religião) agressivo.

Os residentes no seu território que não fogem têm de adoptar o credo salafista (o salafismo é uma seita islâmica que defende uma obediência estrita e literal aos ditames do Islão) radical ou são executados.

Desde que se tornou conhecido,  Abu Bakr al-Baghadi, líder do EI e califa, tem suscitado comparações com o mulá Omar da Al-Qaeda (líder espiritual e  comandante dos talibãs. Foi também lider do Afeganistão entre 1996 e 2001, tendo sido deposto quando os EUA invadiram este país). Ironicamente, estas comparações poderão ter levado os serviços de informação ocidentais a subestimá-lo,  a ele e à força da sua organização.

O que distingue esta organização de todos os grupos armados que a precederam (...) e os seus enormes êxitos são a sua modernidade e pragmatismo. Com efeito,  a liderança do EI estudou as tácticas e estruturas de outros grupos armados e aplicou essas lições a um novo contexto. (...) O Estado Islâmico conhece bem o poder da "propaganda do mêdo", e tem - se revelado particularmente apto a usar as redes sociais para disseminar vídeos atractivos e imagens das suas acções bárbaras junto de um público local e global. Que o mêdo é uma arma de conquista muito mais potente do que prédicas religiosas é um facto que a Al-Qaeda não conseguiu perceber. Já o EI sabe que a violência extrema tem sempre espaço nos noticiários.

O EI percebeu, antes de muitos outros, que na Síria não seria possível uma intervenção conjunta de forças estrangeiras semelhante às que foram levadas a cabo na Líbia e no Iraque. Perante este cenário,  a liderança do EI tem sabido explorar o conflito sírio em seu próprio proveito.

O Kuwait,  o Qatar e a Arábia Saudita, visando uma mudança de regime na Síria, dispuseram - se a financiar um grande número de organizações armadas,  de que o EI é apenas um exemplo. No entanto, em vez de travar a guerra por procuração deaejada pelos seus patrocinadores, o Estado Islâmico tem usado o dinheiro destes para fortificar as suas próprias posições territoriais em regiões financeiramente estratégicas, como sejam as abundantes jazidas de petróleo no Leste da Síria.

O Estado Islâmico está a espalhar uma mensagem política poderosa, e.em parte positiva, no mundo islâmico: o retorno do califado (termo que designa o território sob domínio do califa ou a sua soberania), uma nova era dourada do Islão. Como esta mensagem chega num momento de grande instabilidade no Médio Oriente, com a Síria e o Iraque a ferro e fogo,  a Líbia próxima de mais um conflito tribal, o Egipto em suspenso e governado pelo exército,  e Israel uma vez mais em guerra com Gaza, ela surge aos olhos de muitos sunitas não como a entrada em cena de mais um grupo armado,  mas como a ascensão de uma nova entidade política promissora, de entre as cinzas deixadas por décadas de guerra e destruição.

Porém, sob o fervor religioso e as tácticas terroristas do EI jaz uma máquina política e militar completamente empenhada na construção de uma nação (nation-building) e, facto ainda mais surpreendente,  em obter a aprovação popular após as suas conquistas territoriais. Os residentes dos enclaves controlados pelo califado afirmam que a chegada dos combatentes do EI coincidiu com melhorias na administração quotidiana das suas aldeias. Os guerreiros do EI consertaram buracos nas estradas,  organizaram refeitórios para quem perdera a casa e garantiram o fornecimento de electricidade ao longo de todo o dia. Com estas medidas,  o EI mostra ter percebido que,  no séc. XXI, não é possível construir novas nações apenas por via do terror e da violência. O êxito requer o apoio das populações.

Ao passo que,  territorialmente,  o plano consiste em recriar o antigo Califado de Bagdade - que, nos seus dias de glória, antes de ser destruído pelos Mongóis em 1258,  se estendia da capital iraquiana à moderna Israel - em termos políticos o objectivo do Estado Islâmico é o de conceber uma versão do califado para o século XXI.

Num mundo saturado de informação, o mistério desempenha um papel importante como estímulo ao imaginário colectivo. O Islão está radicado no mistério do regresso do profeta. Assim, ao mesmo tempo que o EI aterroriza o Ocidente com as suas carnificinas chocantes e bárbaras,  leva os seus apoiantes muçulmanos a crer que o profeta regressou na forma de al-Baghdadi.

Outras formas do EI angariar dinheiro dentro dos territórios sob seu controlo são: cobrar impostos às empresas, aplicar taxas na venda de armas, outros equipamentos militares e bens de consumo.

Podemos concluir que o êxito do Estado Islâmico resulta do domínio das tecnologias modernas, da tentativa de construção de uma nação,  de uma profunda compreensão do Médio Oriente e dos muçulmanos,  da propaganda do mêdo, etc.

Independentemente do califado conseguir estabelecer - se como um novo Estado num futuro próximo, o novo modelo que experimentou irá, inevitavelmente, inspirar outros grupos armados. Se o Ocidente e o mundo não fizerem face ao problema, essa omissão terá consequências devastadoras para a ordem mundial.

Fontes: "A Fénix Islâmica - O Estado Islâmico e a reconfiguração do Médio Oriente", de Loretta Napoleoni, wikipedia.org e significados.com.br.

Até breve!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O umami

Hoje, vou pôr temporariamente de lado a leitura e a psicologia para me debruçar sobre um conceito fisiológico.

O que é o umami? Esta palavra de origem japonesa significa apetitoso e delicioso. O umami foi descoberto por um pesquisador japonês chamado Kikunae Ikeda no dia 25/07/1908. Este cientista analisou o gosto do kombu dashi (caldo feito com algas marinhas) e revelou que o glutamato era o componente que proporcionava um gosto, ao qual deu o nome de umami.

Até então só existiam os quatro gostos básicos do paladar humano: o amargo, o doce, o azedo e o salgado.

O sabor umami é composto por três substâncias principais presentes em diversos alimentos e que são o glutamato, o inosinato e o guanilato.

Algumas fontes de glutamato são: carnes, ervilhas, frutos do mar, tomate, milho e queijo parmesão.

O sabor umami compreende ainda o inosinato e o guanilato.

O inosinato foi descoberto por Shintaro Kodama e é uma substância química que intensifica o sabor. Alguns alimentos ricos em inosinato são as sopas instantâneas e os aperitivos.

O guanilato foi descoberto por Akira Kuninaka e é um aditivo alimentar, normalmente utilizado com o glutamato, e intensificador de sabor.

Há alimentos com guanilato como as sopas instantâneas, o peixe seco, algumas algas, a massa comprada já preparada, as batatas fritas, os vegetais enlatados e os caldos de carne.

Apesar do umami ter sido descoberto no inicio do século XX, só no ano 2000 é que os cientistas confirmaram que existe na língua humana um receptor específico para o umami.

Ao degustar um alimento ou bebida, os receptores das células gustativas - localizadas na superfície da língua - recebem as substâncias do gosto. Nesse momento, são activados de 7.500 a 12.000 botões gustativos que irão identificar os gostos básicos - amargo, doce, azedo, salgado e umami - e transmitir informações ao cérebro, através dos nervos gustativos.

Fontes: Wikipédia.org, significados.com.br e ajinomoto.com.

Espero que tenham gostado!

Sayonara! (Adeus!).

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

As amigas sugerem...

Olá! Como eu adoro ler e conhecer novos livros,  pedi a algumas amigas para escolherem um ou dois exemplares que as tenham marcado. Aqui estão eles!

- "Anita e as quatro estações", de Gilbert Delahaye e Marcel Marlier (foi o primeiro livro que a Manuela leu sozinha) e "Uma casa na Irlanda", de Maeve Binchy
Manuela Barbot

- "A Casa dos Espíritos", de Isabel Allende e "Amor em tempos de cólera", de Gabriel Garcia Marquez
Raquel Campos e Matos

- "Os nós e os laços", de António Alçada Baptista e "O gosto proibido do gengibre", de Jamie Ford
Inês Brandão

- " O Alquimista", de Paulo Coelho e "Como água para chocolate", de Laura Esquível
Cristina Alves

- "A Lua de Joana", de Maria Teresa Gonzalez e "As Brumas de Avalon ", de Marion Zimmer Bradley
Irina Amorim Cruz

- "O nome da Rosa", de Umberto Eco e "A mão de Fátima", de Ildefonso Falcones
Inês Moreira da Silva

- "Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar?", de António Lobo Antunes e "O Deus das pequenas coisas", de Arundhati Roy
Maria João Cardoso Marques

- "Uma casa na escuridão", de José Luis Peixoto e "Todo o Mundo", de Philip Roth
Filomena Tavarela Ferreira

- "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago
Dulce Janeiro

- "Levantados do chão", de José Saramago e "Adriano, de Marguerite Yourcenar
Nini Campos e Matos

- "O Perfume ", de Patrick Süsskind
Maria Clara Carneiro

- "Os filhos da droga", de Christiane F.
Maria João Cardoso

- "Os filhos do nosso bairro", de Nagib Mafouz e "Para sempre", de Vergílio Ferreira
Helena Matos

- "No limiar da realidade", de Ken Follett
Migu Ferreira


Tirem anotações dos livros que ainda não conhecem e...boa leitura!

sábado, 7 de novembro de 2015

Crianças sem tempo para o poderem ser

Olá!
A falta de tempo que as crianças de hoje em dia têm para brincar e serem elas mesmas é um tema que me preocupa imenso.

No meu tempo, não havia computadores, wiis,  playstations, telemóveis nem tantos canais de televisão e as crianças eram felizes.

Ao fim da tarde lanchávamos,  fazíamos os trabalhos de casa e íamos brincar. Não tínhamos tantos brinquedos,  mas tínhamos um bem muito mais precioso: o tempo.

Os meninos tinham, sensivelmente, uma actividade por semana (ballet ou futebol).

Com 9 anos eu li todos os livros infantis da Sophia de Mello Breyner Andresen. A minha filha só lê o que é obrigatório. Ler não é um hobby para ela.

Hoje, as crianças passam muito tempo na escola e têm diversas actividades como ballet, futebol, natação, basquetebol, hóquei, música,  etc.

A triste realidade é que os pais não têm tempo para as crianças porque trabalham e, então,  preenchem o pouco tempo livre dos filhos com as atrás referidas actividades. Mas será que isto é benéfico para a criança?

O tempo passado com os filhos tem sido negligenciado ou considerado pouco importante pelos pais, que põem o trabalho em primeiro lugar, podendo assim dar mais coisas aos filhos.  Isto é uma grande ilusão!

A distorção destes valores tem "criado" crianças infelizes e sem preparação nenhuma para enfrentarem uma realidade que é muito mais exigente do que pode parecer.

As crianças que passam muito tempo sem a mãe acabam por desenvolver um comportamento inseguro,  já que a base da segurança vem da interiorização da figura materna. Esta segurança advém da convivência profunda entre mãe e filho/a.

Os pais que chegam tarde a casa e que passam apenas uma a duas horas com os filhos têm mais dificuldade em duscipliná-los, porque não querem correr o risco de serem mal vistos pelos filhos ou parecerem antipáticos.

Sem a necessária disciplina, os seus filhos tornam-se ditadores, manipuladores e autoritários. Como consequência, as crianças têm pouca resistência à frustração, pois não aprendem a lidar com situações diferentes daquelas a que estão habituadas.
Fonte: artigos de psicologia.wordpress.com, adaptado

"Uma criança que está ansiosa pela atenção dos pais, não está atenta na escola, por exemplo."

Não há mamifero que não brinque e é nesse contexto que se desenvolve,  diz Neufeld. E brincar não é estar à frente de uma consola ou de um computador;  é "movimentar - se livremente num espaço limitado".
Fonte: aprender, adaptado

"As crianças de hoje não vivem a infância,  não têm tempo para brincar, correr, andar de bicicleta...de serem criativos, activos, de partilharem e aprenderem com os outros...
Fonte: Petição Pública feita por uma professora do 1° Ciclo

Aos consultórios médicos chegam cada vez mais "pequenos ditadores" que os adultos já não conseguem controlar. São filhos de pais que têm medo de serem tiranos. Mas as crianças sem limites não são livres, defendem especialistas. (...)
Em educação tem de existir tempo. "Para haver qualidade, tem que haver quantidade e disponibilidade", considera Pedro Strecht. "Os pais passam muitas horas a trabalhar, muitas crianças chegam a estar 10,  11 horas em jardins de infância e na escola. O reencontro no final do dia acontece numa situação de grande vulnerabilidade emocional com crianças cansadas, com birras, com pouco tempo para cumprir as rotinas e com país extremamente cansados do trabalho, portanto num ponto de desencontro, de choque e de conflito. Pela falta de tempo e pela culpabilidade dos pais em relação a isso,  a permissividade aumentou e aumentou aquilo a que vários autores chamam os objectos compensatórios,
no que respeita tanto a objectos como à própria relação". A delimitação de regras fica para trás e o que se observa muito hoje - diz Pedro Strecht - é que "temos cada vez mais miúdos que num registo familiar não têm estas balizas e que depois transportam para outros registos, a escola,  a sociedade toda a sua inquietação".
Fonte: paroquiacarrego.org
Pedro Strecht é pedopsiquiatra.

"(...) A consola de jogos,  o computador e a televisão transformaram - se assim na "baby-sitter" dos tempos modernos, a garantia de que os mais novos estarão ocupados por umas horas: com trabalhos de casa feitos à pressa e uma refeição rápida, depressa se chega à hora de deitar, amanhã correrá melhor! Mas não corre: em todo o lado vemos crianças inquietas com incapacidade de pensar, irritáveis por sono insuficiente,  indisciplinados na escola por ausência de limites em casa, com dificuldades na leitura e na escrita. (...)
Que saudades das crianças que brincavam na rua, que jogavam à bola na praceta ao pé de casa ou que fugiam para se divertir em casa dos vizinhos! Hoje saiem da escola a correr, trazidas por país apressados que as depositam no judo, na música, na natação ou no explicador,  para mais tarde serem recolhidas à pressa, só a tempo de uma refeição apressada antes de tentarem dormir...
O que fazer? Em primeiro lugar, lutar para que tudo isto se altere. Passar a mensagem de que o jogo é a melhor maneira de as crianças aprenderem tudo: se for fornecido um contexto que permita a uma criança o relacionamento tranquilo com um adulto,  ela será a primeira a aprender a importância da sua relação com os mais velhos e, movida pela sua curiosidade natural (existente em todas), esperará a brincadeira mais ou menos divertida,  mas sobretudo terá a certeza que a sua fantasia crescerá. Tudo isto poderá ser feito sem brinquedos,  com as mãos de pais e filhos e o corpo de todos, sem apitos electrónicos ou ecrãs tecnológicos individuais,  a dificultarem a simples troca de olhar em família. (...)
Mais do que livros ou revistas, que embora cruciais podem dar olhares perturbados da realidade (sobretudo se não os lermos em conjunto com os mais novos); mais do que recomendações palavrosas de pais para filhos, tantas vezes não ouvidas ou depressa esquecidas, muito mais que o último jogo de computador, em breve substituído pelo que acaba de sair, ou consumido a correr para alcançar o objectivo de "vencer mais um obstáculo", a resposta está no olhar da criança que nos pede: "Podes brincar comigo?".
Fonte: didacticasemminiatura.blogspot
"Brincar" por Daniel Sampaio
Daniel Sampaio é psiquiatra e escritor.

Se vos fiz pensar fico feliz! Era o meu objectivo.

Obrigada por lerem! Fiquem bem!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Os livros que os meus amigos aconselham

Olá a todos! 

Eu hoje sinto-me particularmente feliz porque, em vez de ser eu a aconselhar livros, são os amigos e a família. 
Eu pedi - lhes, então, para me indicarem os livros que mais os marcaram. Eu agradeço muito a todos os que participaram.

- "O leite derramado", de Chico Buarque
Stephanie Rowcliffe

- "Davam grandes passeios ao Domingo", de José Régio
Telmo Campos e Matos

- "O Amor em tempos de cólera", de Gabriel Garcia Marquez
Fátima Barbot

- "A Peste", de Albert Camus e "39 Tisanas", de Ana Hatherly
José Carlos Pinto Soares

- "O Prisioneiro do Céu", de Carlos Ruiz Zafón
Ana Campos e Matos Pinto

-"O Evangelho Segundo Jesus Cristo", de José Saramago e "A Ilustre Casa de Ramires", de Eça de Queirós
Adélia Campos

- "Os Maias", de Eça de Queirós e "Helena", de Machado de Assis
Erivelton Pires Gjuedes

- "A Casa dos Espíritos", de Isabel Allende
Rosarinho Cruz

- "A Mancha Humana", de Philip Roth
Luís Delfim Santos

- A trilogia "O Século", de Ken Follett
Victória Torres Fontes

- "A Pérola", de John Steinbeck e "O Perfume", de Patrick Süsskind
Pedro Nuno Vitorino

- "Conversas com Deus", de Neale Donald Wash
Teresa Pina

- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
Rui de Brito Mendes

- "O Principezinho", de Antoine de Saint Exupéry e "As Brumas de Avalon", de Marion Zimmer Bradley
Raquel Torres

- "A Servidão Humana", de William Somerset Maugham e "Seara Vermelha", de Jorge Amado
Parcidio Campos e Matos

- "Serões na Beira", de Sara Beirão
Ana Maria Rosa

- Todos os livros da Agatha Christie das aventuras de Poirot,  de Agatha Christie
Pedro Barbot 

- O Diário de Anne Frank", da própria e "Sonetos de Florbela Espanca", da mesma
Lucília Girante

- "E tudo o vento levou", de Margaret Mitchell
António Pinto Barbosa

- "Vai onde te leva o coração", de Susanna Tamaro
Filipa Marques

- "Paula", de Isabel Allende e "Cartas do Céu", de James Van Praagh

Mais uma vez, o meu muito obrigada aos amigos e familiares que, muito gentilmente e prontamente,  acederam ao meu pedido.
Eu não posso deixar de referir a qualidade dos livros sugeridos. 

Aqui estão boas sugestões. Façam as vossas escolhas e uma boa leitura! Até breve!





terça-feira, 27 de outubro de 2015

Como vêem o mundo as pessoas daltónicas?

Olá!
Antes de "me pôr na pele" de uma pessoa que sofre de daltonismo, eu quero tecer duas considerações.
Em primeiro lugar, eu não gostei nem um pouco do meu artigo sobre algumas curiosidades do Livro Guiness dos Recordes!
Em segundo lugar,  é lamentável ter que reconhecer que,  desde que eu mostrei a minha vertente política no facebook, muitas pessoas deixaram de ler o meu blogue. Eu não escolho os meus amigos nem as pessoas com quem me relaciono de acordo com a sua ideologia política, mas pelo seu carácter. Gostaria até de sublinhar que tenho amigos de esquerda e de direita. Mas, cada um tem a sua visão das coisas e ainda bem!

Nem todas as pessoas vêem o mundo da mesma forma e este facto não se deve apenas a diferentes situações socioeconómicas. Há pessoas que vêem o mundo menos colorido.

Por vezes, devemos por - nos no lugar das outras pessoas. Na realidade em que vivemos há outras realidades diferentes da nossa.

No século XVIII, John Dalton começou a estudar esta "anomalia" por ser portador da mesma. Este problema está geneticamente ligado ao cromossoma X e, portanto, afecta mais homens do que mulheres (os homens têm só um cromossoma X e as mulheres dois).

Os daltónicos vêem algumas cores alteradas, principalmente o verde, o vermelho,  o azul e as cores que derivam destas.
A discromatopsia (daltonismo) afecta células localizadas na nossa retina, chamadas cones, que são as responsáveis pela nossa percepção das cores.
O daltonismo é uma anomalia recessiva do cromossoma X.
Não existe tratamento ou cura para a discromatopsia,  mas é possível encontrar lentes e óculos que ajudam a minimizar o problema.

Tipos de daltonismo

1 - Protanopia - é quando há diminuição ou ausência do pigmento vermelho. Em vez desta cor o daltónico pode ver tons de castanho, verde ou cinza. Isto varia de acordo com a quantidade de pigmentos que o objecto tem. O verde costuma parecer semelhante ao vermelho.

2 - Deuteranopia - é quando não se vê a cor verde. Os tons vistos são acastanhados. Ao observar uma árvore,  a pessoa com este tipo de daltonismo vê tudo da mesma cor e com uma pequena diferença de tonalidade entre o tronco e as folhas.

3 - Tritanopia - Esta é a espécie mais rara da discromatopsia e interfere na percepção do azul e do amarelo. Não se perde a visão total do azul, mas as tonalidades que se vêem são diferentes. O amarelo passa a rosa claro e o laranja não existe.

Vá a g1.globo.com para ver a diferença de visualização de cores de um daltónico e uma pessoa sem este problema.

Fontes: Wikipédia, mundoestranho e g1.globo.com.






domingo, 25 de outubro de 2015

Curiosidades sobre o "Guiness Book of Records" - Rir faz bem!

Olá! Hoje decidi escrever sobre coisas "diferentes".
O livro "Livro Guiness dos Recordes" é, na minha opinião, um pouco estúpido mas, ao mesmo tempo, tem curiosidades espantosas.
Então, vamos lá!

No dia 10 de Novembro de 1951, Sir Hugh Beaver,  director administrativo da cerveja Guiness, foi caçar com outras pessoas e instalou-se a seguinte dúvida: qual seria a ave de caça mais veloz da Europa - a tarambola ou o galo - selvagem? Foi aí que se percebeu que um livro capaz de dar respostas a este tipo de perguntas talvez tivesse sucesso.
A ideia de Sir Hugh tornou - se realidade quando Norris e Ross MacWhirter, que administravam uma agência que apurava factos,  foram contratados para fazer uma colectânea que se tornaria no Livro Guiness dos Recordes.
A primeira edição foi publicada a 27 de Agosto de 1955 e, no Natal seguinte,  este livro já estava no top dos livros mais vendidos do Reino Unido.
Só a Bíblia é mais vendida que este livro.
(Fonte: Wikipédia.)

- Steve Jacobs vestiu 266 pares de cuecas!

- Chris Walton, norte - americana tem as unhas mais compridas do mundo: numa mão medem 2,91 cms e na outra 3,01 cms. Ela não corta as unhas há 18 anos!

- Elaine Davidson é brasileira e tem mais de 9.000 piercings;

- 102 ingleses totalmente nus juntaram-se e andaram na montanha-russa em 2010;

- Perto de Manila, nas Filipinas, 12.975 pessoas dançaram o zumba durante trinta minutos;

- O homem mais pequeno do mundo, Chandra Bahadur Dangi, mede 56 cms;

- O homem mais alto do mundo, Sultan Kösen, mede 2,51 cms;

- A chinesa She Ping resolveu cobrir o corpo com 33 kilos de abelhas;

- Wei Shongchu colocou 2009 agulhas na cara;

- John Evans equilibrou 237 copos de cerveja (copos de meio litro);

- A gata Kathy (russa) pesa 23 kgs.

Enfim!

Fontes : Wikipédia, megamente, obaoba e euronews.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Ditaduras sangrentas

Ao longo dos tempos sempre houve grandes ditadores.  Como é impossível mencionar todos,  eu destaco os que se seguem.

Hitler
Adolf Hitler nasceu em Braunau am Inn (Áustria) no dia 20 de Abril de 1889 e suicidou - se no dia 30 de Abril de 1945 em Berlim. Há diversas opiniões em relação à forma como ele pôs termo à vida: suicídio com arma de fogo,  envenenamento por cianeto,  etc. Outros acreditam que o bunker onde se encontrava teria sido atingido por um ataque aéreo dos aliados, já no final da Segunda Guerra Mundial. Enfim, há muitas especulações!
Fez parte do Partido dos Trabalhadores Alemães (1920/1921) e do Partido Nazi (1921/1945).
Hitler teve nacionalidade austríaca até 1925 e alemã depois de 1932. Não é mencionada a nacionalidade intermédia.(Lol)
Em 1923 tentou realizar um golpe de estado em Munique,  mas acabou por ser preso e, na cadeia,  escreveu o livro "Mein Kampf" (a minha luta). Este livro, escrito em 1924, era uma autobiografia e continha o programa ideológico racista e anti-semita para a Alemanha.
Em 1933 tornou - se Chanceler da Alemanha e "pôs em andamento" o seu projecto nacionalista.
Em 1939 invadiu a Polónia, dando início à Segunda Guerra Mundial. A Alemanha nazi juntou-se à Itália fascista e ao Império
Japonês e formaram o Eixo. Este foi derrotado pelos Aliados. Estes eram constituídos pelos principais representantes dos sistemas capitalista e socialista, entre os quais, a União Soviética e os Estados Unidos.  Esta união converteu - se em oposição no período pós-guerra; a chamada "Guerra Fria".
Na Segunda Guerra Mundial morreram entre cinquenta a setenta milhões de pessoas.
O Holocausto foi a perseguição aos grupos minoritários considerados indesejáveis (testemunhas de Jeová,  eslavos, poloneses, ciganos,  homossexuais, deficientes físicos e mentais e judeus).
Estima-se que onze milhões de pessoas pertencentes a este grupo foram mortas.
Estas eram perseguidas, apanhadas, metidas em vagões de comboios em condições desumanas e levadas para os campos de concentração como Dachau e Auschwitz.
As mulheres, as crianças, os idosos e os deficientes físicos e mentais eram logo enviados para os banhos de gás.  Os outros acabavam, igualmente, por morrer à fome ou com tiros.
Os que ainda sobreviviam tiravam os dentes de ouro aos mortos.  Esse ouro era convertido em barras que eram levadas para Berlim.

Lenin
Vladimir Lenin nasceu a 22 de Abril de 1870 em Simbirsk e morreu no dia 21 de Janeiro de 1924 em Gorki, Rússia. Fez parte do Partido Operário e Social democrata Russo e do Partido Comunista da União Soviética.
Foi, em parte, o grande responsável pela Revolução Russa de 1917. Esta revolução foi um período de conflitos,  derrubando a autocracia russa e levando ao poder o Partido Bolchevique de Lenin.
A Rússia tinha uma grande massa de operários e camponeses que trabalhavam muito e ganhavam pouco.
Além disso,  o povo não gostava do governo absolutista do Czar Nicolau II.
Isto levou a manifestações populares que fizeram com que o monarca renunciasse.
Lenin iniciou o terror soviético.

Stalin
Josef Stalin nasceu no dia 18 de Dezembro de 1878 em Gori,  na Geórgia (Rússia) e morreu no dia 5 de Março de 1953, em Moscovo.
Foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central, a partir de 1922 e até à sua morte em 1953.
A União Soviética, sob o comando de Stalin, desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial e passou a ter o estatuto de superpotência.
A industrialização e as melhores condições sociais do povo soviético foram rápidas. Durante esse período,  o país também expandiu o seu território para um tamanho semelhante ao do Império Russos (cobria o Leste Europeu,  a Ásia Central e a América do Norte).
O regime de Stalin também foi marcado por violações constantes dos direitos humanos, massacres, expurgos e execuções extra-judiciais de milhares de pessoas.
Estima-se que entre vinte e sessenta milhões de pessoas tenham morrido durante os trinta anos de governação de Stalin.

Mao Tsé-tung
Este foi o primeiro Presidente da China. Nasceu no dia 26 de Dezembro de 1893, em Shaoshan e morreu no dia 9 de Setembro de 1976,  em Pequim.
Este pertenceu ao Partido Comunista da China.
Mao liderou a Revolução Chinesa e foi o arquitecto e fundador da República Popular da China.
Embora Mao tenha incentivado o crescimento populacional e a população quase tenha duplicado durante a sua governação,  as suas políticas e os expurgos políticos do seu governo (de 1949 a 1975), a fome severa durante a Grande Fome Chinesa (de 1958 a 1961), o suicídio em massa por causa das Campanhas Três-Anti (1951) e Cinco-Anti (1952), que visavam a libertação das cidades chinesas e dos inimigos do Estado, provocaram a morte de cinquenta a setenta milhões de pessoas.

No Brasil houve uma ditadura militar, de 1964 a 1986, sustentada por vários governos (Castello Branco,  Costa e Silva, Medici,  etc.).

E ainda podíamos acrescentar muitos outros nomes a esta lista; Franco (Espanha), Salazar (Portugal), Kim II - Sung (Coreia do Norte), Saddam Hussein (Iraque), Mussolini (Itália), Ceausescu (Roménia), Pinochet (Chile), etc.

Para que não caia no esquecimento!

Fontes: Wikipédia e livros.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ao fim de vinte artigos

Olá! Ao fim de vinte artigos publicados no meu blogue, eu gostaria de fazer alguns comentários:

- O artigo mais lido foi a "Homenagem à minha mãe - Cristina Barbot" e estou-vos muito grata por isso. Eu sempre desejei que este fosse o artigo mais lido. Muito obrigada!;

- O artigo menos lido foi "Alguns símbolos da sabedoria";

- Agradeço às poucas pessoas que fizeram comentários e, muito gostaria,  que comentassem mais! Podem até dizer que não gostam!;

- Eu escrevo sempre sobre o que me apetece e nunca para agradar ao público;

- Este é um blogue muito simples.  Eu podia colocar fotografias ou vídeos, mas o que eu gosto mesmo é de escrever!;

- Muito obrigada aos meus seguidores.

Beijinhos e até breve!


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Alguns símbolos da sabedoria

Há três anos atrás,  fui a uma consulta e, mal entrei no gabinete médico, fiquei estupefacta, pois tinha uns quinhentos ou mais mochos a olharem para mim! De prata, tecido,  madeira,  porcelana, latão, vidro, etc.

Eu estava muito mal porque a minha mãe tinha partido há pouco tempo e ainda fiquei pior com aquela parafernália de mochos! É que este é um animal que não me diz absolutamente nada e pelo qual eu não nutro a menor simpatia. Eu associo este bicho à escuridão e eu gosto é de luz!

Hoje vamos falar sobre símbolos de sabedoria.

" O sábio não se exibe e vejam como é notado. Renúncia a si mesmo e jamais é esquecido." Lao-Tsé

" O começo da sabedoria é desejá-la. " Ibn Gabirol

O mocho

O mocho simboliza a sabedoria,  a inteligência, o mistério.
Na mitologia grega, Atena, deusa da sabedoria e da justiça, tinha como mascote uma coruja. Os filósofos gregos acreditavam que a noite era o melhor momento para que as revelações filosóficas e intelectuais acontecessem e, como a coruja é um animal de hábitos nocturnos,  acabou por ser associada à actividade intelectual e à sabedoria.
A deusa romana Minerva era igualmente representada por este animal.
Uma das divindades hindus chamada "Lakshmi" também tem o símbolo da coruja, mas branca.

A serpente

A serpente é o símbolo da sabedoria no médio oriente e representa um saber instintivo, também associado ao auto-conhecimento.
Na mitologia cristã,  a serpente é aquela que instiga a busca de conhecimento ou informação proibida. O veneno da serpente tanto pode matar como curar, assim como a sabedoria que pode ser usada para o bem ou para o mal.

O olho de Hórus

Símbolo egípcio,  o olho de Hórus simboliza a sabedoria,   a prosperidade e a clarividência,  alcançada através da sintonia e equilíbrio entre os cinco sentidos e a mente.
Hórus era o deus dos céus. Era filho de Osíris e de Ísis e possuía cabeça de falcão.
Para se vingar da morte do pai, Hórus enfrenta Seth, o deus do caos, e acaba por perder o olho esquerdo.
No Egipto, o olho de Hórus tornou - se um símbolo de protecção e força e tinha poderes curativos.

Triskle - símbolo celta

Este símbolo evoca os quatro elementos da natureza; a água, a terra, o fogo e o ar.

A deusa Atena

Na mitologia grega esta é a deusa da civilização e da guerra,  mas também da sabedoria é da justiça.

Boa sexta feira e um fim de semana excelente!

Fonte: dicionário dos símbolos.







terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pequena homenagem a poetas brasileiros

Olá! Em primeiro lugar, eu quero dedicar a citação que se segue a todas as pessoas que lêem o meu blogue:
" Aqueles que passam por nós,  não vão sós,  não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
Antoine De Saint Exuspéry (1900/1944)

Hoje decidi voltar à poesia, "atravessando o Atlântico", para vos dar a conhecer alguns poetas brasileiros.

" Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.
Ah, quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é
Melhor que a solidão
Abre os teus braços,  meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já nem quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração,  esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão,
Nunca vai ter nada, não."
Vinicius de Moraes (1913/1980)

"Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh,  não se esqueçam
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atómica
Sem cor, sem perfume,
Sem rosa, sem nada."
Vinicius de Moraes

"Amar o perdido
Deixa  confundido
Este coração.

Nada pode o olvido
Contra o sem sentido
Apelo do Não.

As coisas tangíveis
Tornam - se insensíveis
À palma da mão.

Mas as coisas findas
Muito mais que lindas,
Essas ficarão. "
Carlos Drummond De Andrade (1902/1987)

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava,  ignorante,  a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a,  branca, tão pegada,
Aconchegada nos meus braços,
Que rio e danço e invento
Exclamações alegres,
Porque a ausência,  essa ausência assimilada,
Ninguém a rouba mais de mim."
Carlos Drummond De Andrade

"De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
Vagarosas saudades,
Silenciosas lembranças.

Entre mágoas sombrias,
Momentâneos lampejos:
Vagas felicidades,
Inactuais esperanças.

De loucuras, de crimes,
De pecados,  de glórias
- Do medo que encadeia
Todas essas mudanças.

Dentro deles vivemos,
Dentro deles choramos,
Em duros desenlaces
E em sinistras alianças..."
Cecília Meireles (1901/1964)

"Cabecinha boa de menino triste,
De menino triste que sofre sozinho,
Que sozinho sofre, - e resiste,

Cabecinha boa de menino ausente,
Que de sofrer tanto se fez pensativo,
E não sabe mais o que sente...

Cabecinha boa de menino mudo
Que não teve nada, que não pediu
Nada,
Pelo medo de perder tudo.

Cabecinha boa de menino santo
Que do alto se inclina sobre a água do
Mundo
Para mirar seu desencanto.

Para ver passar uma onda lenta e fria
A estrela perdida da felicidade
Que soube que não possuiria."
Cecília Meireles

"O que quer dizer diz.
Não fica fazendo
O que, um dia, eu sempre fiz.
Não fica só querendo, querendo,
Coisa que eu nunca quis.
O que quer dizer, diz.
Só se dizendo num outro
O que,  um dia, se disse,
Um dia, vai ser feliz.
Paulo Leminski (1944/1989)

"Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
Preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"
Paulo Leminski

E despeço - me com uma escritora e jornalista que nasceu na Ucrânia em 1920, mas viveu e morreu no Brasil (1920/1977):

" Até onde posso vou deixando
o melhor de mim...
Se alguém não viu,
Foi porque não me sentiu
Com o coração."
Clarice Lispector









quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Para abrir o apetite pela leitura

Hoje apetece - me falar sobre livros porque ler agiliza o cérebro,  aumenta o conhecimento,  exercita a memória, alarga o vocabulário,  desenvolve o pensamento crítico,  reduz o stress e melhora a concen-tração. 
(Jornal Expresso, 04.09.2014)

"Os livros são a única forma portátil de magia" - Stephen King

Alguns livros que me marcaram e que eu aconselho vivamente a ler são:

Cem Anos De Solidão, de Gabriel Garcia Marquez
" Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento,  o Coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e cana, construídas na margem de um rio de águas transparentes que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré - históricos."
É com estas palavras que começa esta obra prima da literatura contemporânea, que foi traduzida em todas as línguas do mundo e deu ao seu autor o merecido reconhecimento. 

Ilusões, de Richard Bach
"- Ouça! - disse ele, atravessando o abismo entre nós.  - Este mundo? E o que há nele? 
Ilusões,  Richard. Tudo ilusões!"
O protagonista é um piloto solitário que encontra o Messias e, a partir desse momento, se começa a sentir seguro. Mas será que tudo o que o Messias lhe diz está certo?

A Música do Acaso, de Paul Auster
"Nashe não tinha nenhum plano definido. Quando muito, a ideia era deixar-se andar à deriva durante um tempo, viajar de um lado para o outro a ver o que acontecia."
Este livro é diferente de todos os livros que já lemos. É um livro estranho e com partes mirabulescas. É esta originalidade que desperta um grande interesse.

Comboio para Budapeste, de Dacia Maraini
" Não sabe porque lhe é tão familiar e agradável o comboio. No comboio sente-se em casa. (...) 
O comboio imprime um ritmo aos seus pensamentos. (...)
O pensamento adquire o ritmo das rodas e mói,  mói as ideias como se houvesse quilómetros de reflexões a percorrer. "
Esta história leva-nos à Segunda Guerra Mundial, a uma Europa destruída, a um desencontro e a um encontro " com cicatrizes da guerra".

A vida em Surdina, de David Lodge
"Quando decide pedir a reforma antecipada, o professor universitário Desmond Bates nunca pensou vir a sentir saudades da azáfama das aulas. A verdade é que a monotonia do dia-a-dia não o satisfaz. Para tal contribui também o facto de a carreira da sua mulher,  Winifred,  ir de vento em popa,  reduzindo o papel de Desmond ao de mero acompanhante e dono de casa. Mas o que o aborrece verda-deiramente é a sua crescente perda de audição, fonte constante de atrito doméstico e constrangimento social. (...)
Contudo,  vai ser a sua surdez que o levará a envolver - se,  inadvertidamente, com uma jovem cujo comportamento impre-visível e irresponsável ameaça desestabilizar por completo a sua vida."
Este livro é leve e super divertido. 

O Menino de Cabul, de Khaled Hosseini
"Amir e Hassan foram criados na mesma casa em Cabul e tiveram a mesma ama de leite, mas os seus mundos não podiam ser mais diferentes: enquanto Amir é filho de um proeminente e abastado homem de negócios,  Hassan é filho do criado do pai de Amir e membro de uma minoria étnica desfavorecida. No entanto, os dois rapazes são inseparáveis e passam as tardes entu-siasmados a lançar papagaios de papel e a contar histórias. No inverno de 1975,  tudo o que Amir mais deseja no mundo é ga-nhar o concurso de papagaios de papel para poder impressionar o pai, e Hassan está determinado a ajudá-lo.  Mas,  na tarde do concurso, um terrível aconteci-mento vai destruir para sempre os laços que unem os dois amigos. Quando a família de Amir é forçada a fugir do Afeganistão após a invasão soviética, ele sabe que um dia terá de regressar à sua terra natal em busca de redenção."
Este livro mostra - nos o Afeganistão antes e depois da invasão soviética. Fala-nos da verdadeira amizade que acaba devido a um horrendo acontecimento.

Daqui a algum tempo voltarei com outras sugestões. Entretanto, desejo-vos boas leituras. 



domingo, 4 de outubro de 2015

PAS

São 22h00 e eu estou a começar a escrever. Faço este comentário porque no blogue aparece sempre o horário de Filadélfia e, por mais que eu o tente mudar, permanece.

Em noite de eleições vou escrever sobre uma coisa que nada tem a ver com as mesmas. Para desviar a atenção das pessoas do desastre eleitoral. Lol

Há uma parcela da população que se vê afectada por diferentes estímulos de forma mais contundente que o restante das pessoas e, em consequência,  reagem de uma maneira mais exagerada frente a estes. Possuem uma percepção interna que os faz estar sempre em estado de alerta em relação a tudo o que ocorre à sua volta. São as pessoas altamente sensíveis.

Estas pessoas são sensíveis e introvertidas e têm a consciência de que o que as rodeia é muito mais difícil para elas do que para o resto das pessoas. Mas o que mais afecta os seus sentidos é o jeito comum das outras pessoas,  interpretando-as, na sua maioria, como homens e mulheres carentes de sensibilidade,  superficiais e indiferentes.

As PAS costumam encaixar num determinado perfil ou estereótipo: são dotadas de intuição e de uma grande empatia,  procuram com gosto a solidão enquanto demonstram uma conexão emocional enorme com os outros. São tímidas e têm uma capacidade enorme em perceber qualquer traço de beleza.

Toleram, com um certo grau de dificuldade, estímulos sonoros,  auditivos e olfactivos que, para as outras pessoas podem parecer imperceptíveis como: luzes e ruídos estridentes, cheiros pouco agradáveis, o caos e a desordem.

Qualquer situação que implique mudanças,  falar publicamente, sentir-se observado,  etc,  desencadeia o despertar da sua sensibilidade e diminui a sua capacidade de pensar. Se há algo que chama a atenção nas pessoas hipersensíveis é a sua percepção de tudo aquilo que aos outros parece subtil.

Se estas pessoas convivem numa sociedade que valoriza e premeia a dureza,  a extroverção,  a contenção das emoções frágeis e delicadas,  qualquer uma destas pessoas sentir-se-á, sem dúvida,  incompreendida,  menosprezada e diferente.

A primeira lição para as PAS é entenderem que ser tão sensível não é nem um dom nem uma maldição; é um desafio e um presente.

Um desafio porque há cada vez mais pessoas sensíveis que se agrupam para serem entendidas e valorizadas.

É um presente por possuírem o privilégio de oferecer sentimentos de ternura, carinho, compreensão, sem que os outros saibam que estão carentes  nalgumas situações. Todos nos podemos beneficiar.

Há formas de cuidar do sistema nervoso destas pessoas: eliminar a cafeína e o álcool, situações de stress e/ou ansiedade, aumentar o descanso e prolongar o sono.

A seguir encontramos algumas coisas em que devemos pensar quando convivemos com pessoas altamente sensíveis:

1 - Elas vão chorar quando estão felizes, tristes ou com raiva. Isto porque estas pessoas sentem mais profundamente e reagem de acordo;

2 - Segundo a Dra. Aron, nem todas estas pessoas são introvertidas; cerca de 30 por cento são extrovertidas;

3 - Têm muita dificuldade em fazer escolhas porque agonizam com a possibilidade de errar;

4 - As pessoas altamente sensíveis são mais intuitivas quando se trata de mudanças pequenas no nosso ambiente e sentem mais as nossas mudanças de humor;

5 - A sua natureza extremamente empática permite - lhes serem excelentes ouvintes e tudo farão para que as pessoas se sintam confortáveis. São excelentes professores,  terapeutas e gestores.

6 - Evitar ruídos repetitivos e altos;

7 - Os hábitos de trabalho destas pessoas são um pouco diferentes.  Trabalhar em casa ou num espaço tranquilo é o seu sonho.
São excelentes em trabalhos de equipa, já que possuem uma natureza analítica e também por terem grande consideração pelas ideias dos outros;

8 - Evitar filmes violentos e de terror;

9 - Evitar qualquer coisa que lhes possa causar sentimentos de vergonha;

10 - Evitar piadas sobre estas pessoas;

11 - Estas pessoas sentem mais dor física do que as outras;

12 - Desejam relacionamentos profundos e aborrecem-se mais no casamento do que as outras pessoas, já que querem sempre conversas mais estimulantes;

13 - Estão neurológicamente preparadas para se comportarem como se comportam. Querem apoio.

Espero que tenham gostado deste artigo.

As informações foram tiradas de: amentemaravilhosa.com
e HuffPost US.  Eu traduzi e alterei algumas coisas.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Vamos dar uma voltinha pela antiga Rua da Corredoura?

Eu adoro o Porto e não consegui resistir à tentação de escrever sobre esta rua: a Rua de Santa Catarina.

Eu acho importante conhecer o que "se esconde" atrás de uma rua tão movimentada como esta.

Santa Catarina é uma das ruas que se ficaram a dever ao espírito inovador dos Almadas.  Era a antiga Rua da Corredoura, no troço que liga a Praça da Batalha ao cruzamento com a Rua Gonçalo Cristóvão. Daí partia a Rua Bela da Princesa, que ía até ao Largo da Aguardente (actual Praça da Marquês de Pombal).

A Rua de Santa Catarina é no seu primeiro troço uma rua comercial, onde se encontram as melhores montras e os melhores estabelecimentos.

No primeiro cruzamento,  com a Rua de Passos Manuel,  onde está instalada uma ourivesaria existe uma pequena estátua de Santa Catarina,  padroeira das costureiras. Na sua festa, no dia 25 de Novembro, costumavam enfeitar este local com flores brancas, mas a tradição foi-se perdendo porque a grande fábrica de camisas que havia ali fechou há muito tempo e já poucas costureiras ali trabalham.

Em meados do século XIX, no espaço compreendido entre a Rua de Santo António (actual Rua 31 de Janeiro) e a viela das pombas (junto ao local onde hoje se encontra o Grande Hotel do Porto) existiam quintas e terrenos lavradios, pertencentes a D. Antónia Adelaide Ferreira (a Ferreirinha) e a Francisco da Cunha Magalhães.

Por causa da urbanização desse espaço deu-se uma alteração na numeração das casas porque essa numeração não começava,  como hoje,  junto à Rua 31 de Janeiro,  mas sim junto à Rua Formosa.

Aqui viveram,  além dos atrás mencionados,  o 2. Visconde de Lagoaça, filho do 1. Conde de Lagoaça,  que tinha sido Presidente da Câmara do Porto,  onde ganhou notoriedade por ter criado os primeiros mictórios públicos (os lagoaças).

O 2. Visconde vivia na casa que hoje tem o nr. 369 (era antigamente o nr. 197). Por causa da urbanização houve uma diferença de 172 números.

O Visconde de Francos (José Henriques de Castro Sollà) viveu no nr. 548 (hoje 720). Esta casa foi demolida e foi construído lá um prédio.

O Barão do Valado (2.) - Augusto Correia Pinto Tameirão - morou no nr. 316 (actual nr. 485).
(...)
A bela Rua de Santa Catarina teve um início difícil. A sua abertura ou rompimento começou nos terrenos pertencentes ao "prazo por três vidas", na quinta do Adro, antes chamado Casal do Adro, junto à Igreja de Santo Ildefonso. O objectivo era criar, além de uma estrada que facilitasse a passagem numa das zonas mais concorridas da cidade, edificar casas para aumentar a cidade e a sua povoação. Isto no ano de 1784.

A burocracia foi uma luta constante devido à dificuldade de divisão em parcelas,  já que os proprietários dos terrenos eram vários e quase todos os terrenos estavam arrendados.

À Rainha D. Maria I foi feita uma petição para que se prosseguisse com as obras em curso. Seguiu-se a licença Régia e, entre muitas outras peripécias legais, a rua lá foi prosseguindo o seu caminho.

Os nomes mais importantes da Burguesia Portuense estiveram ligados a esta obra; uns pela sua influência,  outros pelo seu dinheiro e outros pelos seus conhecimentos.

A segunda etapa da obra destinou-se essencialmente à habitação,  enquanto que a primeira (antiga Rua da Corredoura), no seu percurso inicial e, sobretudo,  desde o após-guerra, se transformou na maior zona comercial da cidade.

É neste espaço que aconteceu e acontece a maior parte da fenomenologia urbana. A evolução histórica desta rua está cheia de valores económicos,  sociais,  morais e culturais.

A ligação permanente desta rua a uma multidão de gente desejosa de gastar o seu dinheiro,  de ver coisas agradáveis ou, simplesmente, necessitar de um espaço onde pudesse sonhar levou à libertação de trânsito automóvel na primeira parte da rua.

Alguns estabelecimentos e casas notáveis de Santa Catarina são: a livraria Latina, o café Majestic, a Casa da Beira Alta, o Grande Hotel do Porto, a casa onde nasceu Arnaldo Gama (escritor) no nr. 206, a Capela das Almas e a casa onde nasceu António Nobre (poeta) no nr. 469.

Agora quando for à Rua de Santa Catarina não vá só à FNAC! Imprima este texto e descubra o que lhe foi revelado aqui! Bom passeio!


A informação foi tirada do livro "Santa Catarina - História De Uma Rua" de Alexandrino Brochado.



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...

A língua francesa em Portugal

Galicismo ou francesismo é uma palavra ou expressão de origem francesa, ou afrancesada, tendo ou não mantido a sua grafia original. Exemplos: chic, champagne,  ballet, bibelot,  maquillage, chef,  buffet,  etc.

A importação de palavras e expressões francesas para a nossa língua tem origem na Idade Média,  devido à literatura francesa.

Muito tempo depois, no séc. XIX, era muito chique falar francês, vestir roupas francesas e consumir produtos vindos de Paris.

Mesmo mais tarde,  no início do século XX, qual era a menina de bem que não tocava piano e falava francês?

Lembram-se do "gato maltês que tocava piano e falava francês"?

Com o "flower power", o "Woodstock", os LPs e séries em língua inglesa, entre outros, a língua francesa caiu em desuso.

A minissaia

Em 1964 Mary Quant criou a minissaia. Mas este assunto foi controverso já que, no mesmo ano, o estilista André Courreges decidiu subir 15 cms às saias da sua colecção de verão.

Quando Mary Quant criou as minissaias com apenas 30 cms, a polémica instalou-se,  mas este fenómeno rápidamente correu o mundo para desespero das mulheres conservadoras e alegria dos homens em geral!

Em 1966 a rainha Elizabeth II condecorou Mary com a Ordem do Império Britânico e Quant foi receber o prémio de minissaia!

Hoje em dia há minissaias muito mais curtas e que mostram o que deveria estar escondido. Para além delas há decotes extremamente ousados e outros itens nada recomendados. Não que eu seja uma pessoa retrógrada,  mas ainda tenho bom senso!!!

O namoro

Do namoro da rua para a janela e suas inerentes serenatas ao namoro em casa na presença da mãe ou da irmã muitos séculos se passaram!

Nos anos quarenta era comum o namorado ou noivo sentar-se na quarta cadeira da mesa e a namorada ou noiva na primeira, para que ficassem duas cadeiras de intervalo entre eles. E sempre acompanhados por um membro da família dela! As meninas decentes chegavam ao casamento virgens.

Hoje em dia tudo é demasiado rápido.  Aos 12 e 13 anos já se começa a namorar, a sair à noite e não sei mais o quê!!!

Alguns textos foram tirados dos seguintes sites: hierophant.com.br, pt.m.wikipedia.org e Paulohernandes.pro.br.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Os refugiados

OS REFUGIADOS

Eu estou fartíssima dos comentários que ouço e leio em relação a este assunto! Talvez por isso eu queira "separar as águas".

Vamos acolher os refugiados porque:
- gostaríamos que nos fizessem o mesmo se disso necessitássemos;
- somos pessoas e, como tal, queremos ajudar o próximo;
- não ficamos indiferentes a pessoas que fogem à fome e à guerra;
- queremos parar com este sofrimento atroz.

Não queremos refugiados em Portugal porque:
- a sua religião é muçulmana e os seus hábitos são diferentes dos nossos;
- podem, hipoteticamente,  fazer parte da Jihad Islâmica que é um grupo terrorista que diz querer conquistar os países que um dia já lhes pertenceu e, entre eles,  Portugal. Para além disto,  matam as pessoas de uma forma desumana e ensinam as suas crianças a combater;
- o nosso país já tem que se preocupar (mas não se preocupa!) com a alta taxa de desemprego,  o aumento dos sem - abrigo e das famílias carenciadas, etc.

Como dizia Fernando Pessoa: "Primeiro estranha-se e depois entranha-se".

O nosso povo é muito hospitaleiro com os turistas,  mas não (e nunca!) com os imigrantes. E atenção: há uma grande diferença entre imigrantes e refugiados!

Espero que este texto vos humanize!

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Homenagem à minha mãe - Cristina Barbot - Família e Amigos

FAMÍLIA

É muito fácil pensar em homenagear a minha mãe,  mas extremamente difícil passá-lo a palavras. É que a sua ausência ainda dói muito...

Este é o quinto texto que eu escrevo porque fico sempre com a sensação que muito ficou por dizer.

Eu pedi a três pessoas da família,  a três amigas da minha mãe e dois colegas para escreverem um pequeno texto sobre ela mas,  infelizmente,  nem todas as pessoas quiseram ou puderam colaborar. Então,  eu pedi à minha filha para o fazer (que logo concordou!) e, em relação aos colegas, fui buscar textos que eu recebi após a morte da minha mãe.

Agradeço a todos os que participaram nesta homenagem.

Hoje, dia 8 de Setembro, a minha mãe faría 62 anos se não tivesse partido, subitamente, há pouco mais de três anos.

Desde que ela faleceu eu sinto um enorme vazio e parece que metade da minha alma partiu com ela.

A minha mãe é um exemplo para mim. Eu nunca conheci alguém tão profissional, determinado,  inteligente, dinâmico e dedicado como ela.

A minha mãe era uma pessoa bonita por fora e por dentro e o seu sorriso iluminava os lugares por onde passava. Era muito simpática e tinha sentido de humor.

Ela era Professora Doutora na Faculdade de Economia do Porto mas dominava outras áreas como as línguas,  a escrita,  o desenho e a pintura.

Dela "herdei" o gosto pelas canções dos anos sessenta e setenta,  leitura, viagens,   pintura,  pontualidade, sentido de justiça, fotografia,  etc.

A minha mãe gostava imenso do Porto e o seu destino preferido de férias era o Brasil.

Ela gostava muito da família e, desde que partiu,  a família perdeu muito da sua "graça". A minha mãe era, de facto, um elemento imprescindível.

Mamã (era assim que eu a tratava), eu tenho muito orgulho em ti e ficarás cá dentro para todo o sempre.

"Num deserto sem água,  numa noite sem lua,
Numa terra nua, por maior que seja o desespero,
Nenhuma ausência é mais profunda que a tua."
Sophia de Mello Breyner Andresen

Clara (filha mais velha),
02/09/15

Quando eu penso na minha avó digo sempre para mim mesma: Tu és a melhor, Óxina! (A Helena em pequena não conseguia dizer "avó Cristina" e dizia "Óxina". Mesmo, mais tarde, e quando ela já sabia dizer o nome da avó,  continuou a tratá-la da mesma forma porque a minha mãe achava piada ao nome que a Helena tinha inventado para ela).

Helena (neta mais velha),
02/09/15

AMIGOS

Para não ferir susceptibilidades,  eu escrevi o nome destas três amigas em pequenos papéis,  dobrei-os, coloquei - os num saco e tirei um papel de cada vez. A ordem por que os nomes saíram é a que se segue.

"É verdade,  fazes-nos muito falta...

Sempre empreendedora,  perspicaz e amiga. Sim,  uma grande e verdadeira amiga de quem tenho muitas saudades. ..

Quando me lembro da Cristina, lembro - me da formiga rabiga, sempre trabalhadora e lutadora...

É muito difícil colocar em palavras toda a amizade que se foi construindo ao longo dos anos, sei que me fazes muita falta, mas sei que estás bem ao lado da Aninhas,  um dia nos encontraremos.

Grande beijinho da tua sempre amiga,
Ana" (Ana Maria Magalhães),
31/08/15

"A minha amiga Cristina deixou-nos já lá vão três anos. Agora que se aproxima a data do seu aniversário vou tentar exprimir por palavras aquilo que é quase impossível: a sua ausência.

A sua presença fazia parte da minha vida pois não havia dia em que não mantivesse contacto com ela, ou presencialmente ou através de telefonemas ou mensagens.

Partilhávamos interesses que iam desde cinema (todas as sextas - feiras), música e até jogos.  Ao fim-de-semana havia sempre algo a descobrir e sábado,  depois do almoço lá íamos nós cumprir as nossas programações.

Foi sempre uma grande amiga, em quem pude confiar. Sempre pronta a ajudar, sempre pronta a ouvir. Para além da sua vida profissional,  encontrava sempre tempo para os amigos.

Quantas vezes dou por mim a pensar "tenho de telefonar à Cristina" para contar alguma coisa que tenha presenciado ou alguma notícia que seria do seu interesse.

Infelizmente ela já cá não está e a falta é imensa.  Mas, faz bem pensar no que ela faria ou diria em determinadas circunstâncias. A vida continua, e ela continua presente em mim todos os dias. Assim o contacto com a sua família é uma grande ajuda para me lembrar dela e de todos os momentos que passámos juntas.

Foi um privilégio ser amiga de alguém tão especial. Estará sempre presente nas minhas memórias."

Victória Rowcliffe
02/09/15

"Quando a Clarinha me pediu para escrever um texto sobre a sua mãe fiquei muito sensibilizada e feliz pois entendi ser,  para mim, uma enorme honra mas ao mesmo tempo preocupada pela responsabilidade que tal representava.

Ao pensar na Cristina e penso muitas vezes,  ocorre-me de imediato, uma palavra para a qualificar; ela era a todos os títulos, uma pessoa brilhante.

A nossa convivência vem da adolescência e depois juventude, nos bancos da Faculdade de Economia,  num convívio diário,  das aulas, estudo,  participação nos mesmos trabalhos de grupo,  conversas de café e faz parte das minhas memórias. Já aí me pude aperceber da inteligência e brilhantismo da Cristina. Com a licenciatura concluída a vida profissional e familiar de cada uma o convívio esbateu-se,  mas a vida encarregou-se de nos aproximar de novo,  agora já maduras,  e o retomar das nossas conversas foi tão espontâneo que parecia que nos tínhamos despedido no dia anterior.

A Cristina era sempre muito atenta e interessada a tudo que a rodeava,  muito metódica e organizada. Embora muito incisiva e rigorosa era muito amiga e preocupada com a sua amiga.

Estava sempre, verdadeiramente, ocupada com os seus trabalhos de preparação das aulas,  de investigação,  pareceres, publicação de papers em revistas nacionais e internacionais,  edição de um livro,  tarefas que ela levava a cabo com muita paixão e profissionalismo.

Tinha, à inda, muitos planos a médio e longo prazo,  na vida profissional e pessoal,  dos quais me falava.

Nas nossas conversas de fim da tarde ou almoços no "Velásquez" podia - me aperceber disso e recordo,  a título de breve nota, que quando combinávamos idas ao cinema, o que era muito frequente eu nem me preocupava com o filme pois a escolha era sempre acertada.

Minha amiga de longa data partiu muito cedo e deixou un enorme vazio.

Ainda hoje, ao fim da tarde,  me apetece telefonar - lhe para combinarmos um "cafézinho" e parece que,  às vezes,  a vejo na rua.

Guardo,  ainda,  pois não consigo apagar, os mails e sms que me enviava a combinar os nossos encontros.

Tive a sorte de nos últimos dias da sua vida convivermos muito de perto e passarmos juntas o seu último S. João, num passeio de barco, tendo por iniciativa dela marcado um café para a sexta feira próxima,  quando regressasse da viagem que ia fazer o que, tristemente,  não foi possível.

Perdi uma grande amiga e a ciência económica perdeu uma ilustre académica.

Ficaram muitas saudades. "

Regina Vieira
02/09/15




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O Porto sentido

Olá!  O blog vai de férias e regressa em Setembro. Muito obrigada por lerem!

Eu nasci no Porto e aqui vivi durante vinte e oito anos.  Depois,  morei dezasseis anos na Lousã e regressei às origens no ano passado.

Como estive fora bastante tempo, agora estou a redescobrir o Porto e a mostrar esta cidade única à minha filha.

Eu fico muito contente por a baixa ter renascido, a Rua das Flores ter ganho notoriedade e o Porto ter acordado mais e mais bonito do que nunca.

E, como eu adoro a minha cidade, aqui fica um Porto sentido por várias personalidades culturais que vêem a cidade com olhos de ver.

"O Porto é a melhor cidade do mundo para nela se viver. Nem Paris lhe chega." Sampaio Bruno

"Não há cidade como o Porto que não permaneça página em branco ao cabo de linhas e linhas escritas. (...) O Porto nasce e morre connosco,  igual ao mais insatisfeito de quantos desejos nos visitaram. Quer isto dizer que não se esgota em topónimos, nem em cheiros ou paladares,  nem anedotas ou falas,  nem naquilo a que mais usualmente o reduzem, uma teoria de neblinas,  pronta a alimentar de escassa e dessorada composição."
Tirado do livro "Meu Porto" de Mário Cláudio.

"Destes negrumes acumulados e revolvidos constrói - se a essa hora uma cidade estranha e desmedida,  uma cidade que, ao mesmo tempo,  mete mêdo,  e que, se não é a mais bela, é a mais pitoresca que conheço no mundo."
Tirado do livro "Porto - Um Património de Humanidade" de Hélder Pacheco.

"Há anos fui encarregado de mostrar a quatro cineastas de Viena de Áustria os pontos mais belos e artísticos da nossa cidade, a fim de realizarem um filme sobre o Porto. (...) Timidamente atrevi-me a dizer aos cineastas austríacos,  que já tinham percorrido vários países do mundo: o Porto é uma cidade relativamente pequena e não muito rica. Os senhores devem ter visto e filmado cidades muito melhores. Está enganado responderam - me. O que estamos a ver neste momento é do mais belo que vimos em todos os países que percorremos. Esta vista do Porto debruçado sobre o Douro é um deslumbramento.  Não nos interessa ver grandes avenidas e arranha-céus. Interessa-nos isto. "
Tirado do livro "Santa Catarina - História De Uma Rua" do Padre Alexandrino Brochado.

"Ver o Porto! Ver o Porto é evocar certa forma da cidade escondida que conservamos dentro de nós,  densa, impenetrável,  como a neblina envolvendo as manhãs e fundindo o rio com os cais e os barcos. Ilusão de sombras irreais. Transparências. Crepúsculos caindo suaves,  recortando a leveza das pontes, a elegância das torres,  os contornos do casario.
Ver o Porto é evocar a suave melancolia dos jardins da cidade - sobretudo no Outono - quando o ambiente se converte em nostalgia.
Ver o Porto é reconhecer as diversidades das suas freguesias,  do interior das margens do Douro, em Campanha,  à costa atlântica, na Foz e em Nevogilde. É a descoberta dos segredos de uma cidade impregnada de espontânea e assumida identidade."
Tirado do livro "Porto - Poesia da Cidade" de Hélder Pacheco.

Boas férias e até breve!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Inteligência Emocional

Os conceitos de Inteligência Emocional, Interpessoal e Social vieram revolucionar o antigo conceito de Inteligência, tornando obsoletos os testes de QI.

Inteligência emocional é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os das outras pessoas,  bem como a capacidade de lidar com eles.

A expressão "Inteligência Emocional" ganhou popularidade com a publicação do livro "Inteligência Emocional", de Daniel Goleman,  em 1995, mas este tema já era pesquisado desde o início da década de 90 por Peter Salovey e John Mayer,  através da publicação de artigos em jornais académicos.

Salovey e Mayer definiram-na, no ano 2000,  como "a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento,  compreender e raciocinar com ela,  e saber regulá-la em si próprio e nos outros".

Estes dividiram - na em quatro domínios:

1 - Percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos,  como a voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional da outra;

2 - Uso das emoções - tem a ver com a capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio;

3 - Entender emoções - é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes;

4 - Controle (e transformação) da emoção - constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional: é a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

E qual das duas inteligências (cognitiva e emocional) é a mais importante?

A inteligência cognitiva é constituída por diversas capacidades do ser humano como a memória,  a atenção,  a linguagem,  etc.

A inteligência emocional prende-se com elementos sociais e emocionais.

Segundo Daniel Goleman, a Inteligência Cognitiva contribui até aos 20%, o que deixa os restantes 80% para outros âmbitos como a Inteligência Emocional.

De facto,  muitas pesquisas recentes concluem que certos traços da personalidade têm muito mais peso nos resultados alcançados na vida do que o grau de inteligência.

Um exemplo: para se entrar na Will -Cornell University, tanto para alunos que querem seguir medicina como para candidatos ao doutoramento,  são efectuados testes à inteligência cognitiva e à emocional,  já que a competição é enorme.  Desta forma os alunos excluídos são os que são bons no papel (QI) e fracos na vida (QE).

Com um beijo manifestamos os nossos sentimentos e evocamos as nossas emoções. (Wikipédia)

Fontes: Wikipédia,  Psychie.blogs (os excertos foram traduzidos do espanhol), latec, excellencestudio e brasil247. Alguns excertos foram modificados.



terça-feira, 28 de julho de 2015

Quatro poemas de quatro poetas

Como já devem ter reparado eu gosto muito de poesia.

Eu já escrevi sobre a Sophia de Mello Breyner Andresen e hoje faço uma pequena homenagem a quatro poetas portugueses: Cesário Verde, Florbela Espanca, António Feijó e Fernando Pessoa.

Cesário Verde (1855 - 1886)

"De Tarde"

Naquele pique-nique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão - de - bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois,  em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via,
E houve talhadas de melão,  damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas,  todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

Florbela Espanca (1894 - 1930)

" Se tu viesses ver-me..."

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca...o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte...os teus abraços...
Os teus beijos...a tua mão na minha...

Se tu viesses quando,  linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri.

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

António Feijó (1859 - 1917)

" O Amor e o Tempo"

Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor,  o Tempo,  a minha amada
E eu subíamos um dia.

Da minha amada no gentil semblante
Já se víam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.

- "Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim,  que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!"

Súbito,  o Amor e o Tempo,  combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
- "Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis? " - Nesse momento,

Volta-se o Amor e diz com azedume:
- "Tende paciência,  amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus! "

Fernando Pessoa (1888 - 1935)

" Autopsicografia"

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira,  a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. "







sábado, 25 de julho de 2015

Ver a Rua das Flores com outros olhos

Olá!

Quando eu andava na escola,  eu não gostava nada de história,  já que era uma disciplina de "empinar" como vulgarmente se diz.  Ora,  quem decora tudo depressa esquece! Hoje, e com bastantes mais aninhos em cima, acho maravilhoso saber o que aconteceu às coisas e pessoas ao longo dos tempos. 

Hoje, vamos falar sobre a Rua das Flores, uma rua que está muito "in". Vamos,  então,  vê-la não como simples transeuntes. 

Esta famosa rua foi mandada abrir em 1518 por D. Manuel,  de forma a ligar o Largo de S. Domingos à Porta de Carros (uma porta da muralha fernandina que ficava, sensivelmente,  no topo da actual Praça de Almeida Garrett (em frente à Igreja dos Congregados).

Inicialmente,  chamou-se Rua de Santa Catarina das Flores, nome que se deve ao facto de,  naquela altura, lá existirem muitas hortas e pomares.

A rua foi aberta em terrenos quase todos pertencentes à Igreja. Por este motivo, as casas ficaram aforadas ao bispo e ao cabido (agrupamento de cónegos ou de outros sacerdotes).

Foi calcetada em 1542 e passou a ser uma das principais ruas da cidade, sendo mesmo escolhida por nobres e burgueses para nela construirem luxuosos palacetes.

Ainda hoje é considerada a mais tripeira das ruas portuenses.

A rua ganhou igualmente notoriedade por nela ter ocorrido um crime.  Diz - se que um médico chamado Dr. Urbino de Freitas terá morto, com amêndoas envenenadas, uns sobrinhos, com o intuito de herdar a valiosa fortuna que lhes estava destinada.

Do lado direito de quem desce, abriram as suas lojas muitos dos ourives e comerciantes de ouro e jóias da cidade, a ponto de lhe chamarem a Rua do Ouro do Porto. Hoje já restam poucas como as ourivesarias Pedro A. Baptista e das Flores.

Do outro lado,  abundavam as lojas de panos.  Muitas lavradeiras e raparigas casadouras dos arrabaldes (arredores) gastaram nas lojas desta rua o melhor dos seus dotes em enxovais,  cordões e arrecadas (brincos em forma de argolas) que,  depois,  exibiam nas festas e romarias das suas terras.

De entre os edifícios mais notáveis,  além da Casa e Igreja da Misericórdia ( a casa hoje é um museu), destacam-se as casas dos Maias (no nr. 29 e do século XVI),  da Companhia (no nr. 69), dos Sousa e Silva (nos nrs. 79 a 83, cujo brasão ostenta a data de 1703), dos Constantino (no nr. 139 e do século XVII) e dos Cunha Pimenteis
(edifício de grande valor histórico,  na esquina com o Largo de S. Domingos e do século XVI).

Se for à "Bolas da Praia" comer uma bola de Berlim ou à "Farggi" comer um gelado não se esqueça de ver a Rua das Flores com outros olhos! Bom passeio!


Os excertos foram tirados de Porto XXI e Porto 24 e modificados.  Também foi utilizado o Dicionário da Língua Portuguesa de 2013.




terça-feira, 21 de julho de 2015

Há sempre música entre nós

Uma das definições de "música" do Dicionário de Língua portuguesa de 2013 é: "arte de combinar harmoniosamente vários sons,  frequentemente de acordo com regras definidas, ...", mas a definição de que eu gosto mais é a do Prof. Liomar:
"Podemos dizer que a música é a arte de combinar os sons e o silêncio. ".

Apesar do gosto musical variar de pessoa para pessoa,  a música é um meio de comunicação universal e que remonta à Pré - história. Temos esse conhecimento através de pinturas rupestres.

Nós somos os seres vivos com o mais alto poder de pensamento racional,  a maior capacidade associativa,  enormes recursos de memória e o único ser vivo que domina a fala articulada;  a verdadeira coroa da criação.

Para nós,  o conceito de sermos influenciados por um som,  que é algo abstracto e efémero,  pode parecer estranho.  Temos a noção clara de gostar ou não de uma música e isso pode - nos levar a pensar que esta escolha baseada no gosto pessoal é a única influência que a música pode ter sobre nós . Se eu não gosto de uma música,  ela não me vai afectar. Mas não é bem assim.

A experiência musical atinge muito mais do que o simples gostar ou não gostar.

A música tem a capacidade de atingir o corpo do indivíduo de duas maneiras: directamente, onde o som actua sobre as células e os órgãos e, indirectamente, actua nas emoções e pode influenciar vários processos corporais e provocar a ocorrência de tensões e relaxamentos em diferentes partes do corpo.

Há estudos que indicam que a utilização da música como instrumento na aprendizagem apresenta grandes benefícios na melhoria da qualidade do ensino, já que nos afecta física e emocionalmente e é uma grande ajuda na aquisição de uma nova língua.

Agora imagine esta cena de um filme de terror: uma aranha monstruosa e mortal a aproximar-se sorrateiramente de um bebé.  Para si não é difícil imaginar o tipo de música de fundo, pois não? É que a combinação filme/música não é aleatória, porque a música consegue passar uma mensagem complexa e profunda, mesmo sem palavras.

Quando um realizador de cinema junta uma banda sonora ao filme, este sabe, à priori, que esta música passará a mesma mensagem a todos os que assistirem ao filme, onde quer que estejam (Portugal, Japão, etc).

"Há sempre música entre nós / Nós a cantar não estamos sós / Cantaremos até ao amanhecer..." - Dina

" Quem canta seu mal espanta" - provérbio popular.

Alguns excertos são do Prof. Levi de Paula Tavares e outros de Marcos Paulo Moreira.

domingo, 19 de julho de 2015

Comer emocionalmente

Comer é fundamental para a nossa qualidade de vida.

Para termos uma alimentação saudável e equilibrada devemos consumir diariamente:
- 5 porções de fruta ou vegetais;
- 2 a 3 porções de leite, iogurte ou queijo;
- 2 porções de alimentos ricos em proteínas como a carne, o peixe, as leguminosas ou os ovos;
- 5 a 6 porções de alimentos que contenham hidratos de carbono como o pão,  a massa, o arroz,  etc..

Para além disso,  nunca devemos estar mais de 3 horas sem comer.

A comida pode ter um efeito reconfortante.  Quando nos sentimos tristes,  ansiosos,  angustiados e comemos um chocolate sentimo-nos logo melhor.

As lembranças e os gostos agradáveis que associamos aos alimentos menos saudáveis não são os únicos factores que contribuem para comer de uma forma emocional.

Comer emocionalmente é uma forma errada de compensação.

A maioria das pesquisas sobre alimentos e emoções analisou a experiência global de comer: sabores, cheiros,  texturas e nutrientes.

Neste estudo contou a experiência fora da mesa,  já que os diversos voluntários foram alimentados por tubos no estômago.

A doze pessoas saudáveis e com o peso normal foram dados um destes dois tipos diferentes de soluções: uma solução de ácidos gordos saturados e uma solução salina que serviu de controlo.

A seguir à alimentação,  os pesquisadores induziram sentimentos de tristeza aos voluntários,  tocando música clássica triste e mostrando - lhe imagens de rostos igualmente tristes.

Mesmo neste ambiente artificial, a gordura saturada pareceu afastar as emoções negativas. Os  voluntários a que a ela foram submetidos ficaram mais optimistas. Comer emocionalmente não é apenas psicológico mas também biológico, já que as barrigas dos participantes estavam cheias da solução de gordura saturada.

Foram feitas ressonâncias magnéticas aos cérebros dos participantes e chegou-se à conclusão que a solução gordurosa acalmou a actividade em certas regiões do cérebro onde se manifestam os sentimentos,  neste caso a tristeza.

Os cientistas explicam que, dado o forte efeito calmante dos alimentos num nível biológico,  as pessoas têm que "trabalhar" ainda mais,  de forma a encontrar maneiras alternativas e não calóricas para sentirem conforto.

A longo prazo isto é importante para gerir o peso, melhorar a auto estima e proteger a saúde em geral.

Existem terapias que ajudam a controlar a alimentação emocional.

O primeiro passo é admitir que se está a comer devido a uma emoção.

Qualquer que seja a sua escolha alimentar,  é relevante aprender a controlar-se e a agir com moderação.

Aguns excertos foram tirados de "centrum" e "hype science" e adaptados.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Florença - uma das cidades mais belas da Europa

As férias lembram - nos viagens e outro destino imperdivel é Florença,  em Itália.

Esta cidade é a capital da Toscana e considerada o berço do Renascimento.

Tem cerca de 377.000 habitantes.

É a cidade natal de Dante Alighieri,  que escreveu "A Divina Comédia".

Por onde quer que passe tem monumentos lindíssimos para visitar.

Entre eles,  eu aconselho os seguintes:

- Catedral de Santa Maria del Fiore - A sua construção começou em 1294 e terminou em 1436 e são vários os seus estilos arquitectónicos: arquitectura do Renascimento,  arquitectura gótica e neogotica.

- Galeria degli Uffizi (Galeria dos Ofícios) - É um palácio fundado em 1581 e que funciona como museu. Se quiser visitar esta galeria compre os bilhetes antecipadamente online,  já que as filas são intermináveis!

- Palácio Vecchio (Palácio Velho) - Nele estão os Paços do Conselho.  No seu interior tem um museu,  que é a parte que se pode visitar.  O Palácio começou a ser construído no século XIII e concluído no século seguinte.  Sofreu várias outras construções e ampliações entre os séculos XIII e XVI e o seu estilo arquitectónico é o do Renascimento.

- Pallazo Pitti - Situa-se na margem direita do rio Arno e tem um estilo Renascentista.
Foi projectado no século XV e ampliado nos séculos XVI e XVII.

Santa Maria Novella - É a principal igreja dominicana de Florença. A sua construção começou no século XIII e foi concluída no século XV. Os seus estilos arquitectónicos são a arquitectura do Renascimento e o gótico.

Deixo para o fim uma ponte maravilhosa: Ponte Vecchio (Ponte Velha). É em arco medieval e no seu tabuleiro tem muitas relojoarias e ourivesarias dos dois lados.

Pensa-se que foi construída na Roma Antiga e que era feita de madeira. Esta ponte pedonal foi destruída por cheias no século XIV e reconstruida no mesmo século.

Curiosidade sobre a Ponte Vecchio: ao longo da ponte há vários cadeados que simbolizam a eterna ligação dos amantes.  Os namorados/casais iam lá,  punham o cadeado e lançavam a chave ao rio Arno. É claro que todo este peso começou a ser prejudicial para a ponte e agora paga-se uma multa se se puser um cadeado!

Visite Florença e vai ver que vai querer voltar!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Mindfulness

Há algum tempo atrás vi na televisão uma nova terapia para o stress: a pintura de livros já com desenhos.

Para mim toda e qualquer forma de arte é uma excelente maneira de combater o stress, mas fui logo à FNAC comprar um livro para pintar.  Bem, a escolha foi muito difícil porque há uma grande variedade!

Então, depois de folhear uns cinco ou seis livros, trouxe o "Mindulness", o que foi um erro porque as folhas são finíssimas!

Mas o que é o mindfulness?
Segundo Wayne Dyer " Viver no momento presente,  estar em contacto com o agora é a raiz de viver de uma forma bem sucedida; não existe outro momento para viver. Agora é tudo o que existe e o futuro é outro momento presente para viver quando chegar ao agora".

A nossa mente está frequentemente no passado ou no futuro e não no presente. Isto provoca ansiedade,  stress e desequilíbrios emocionais.

O "mindfulness" consiste em focarmos a nossa atenção no momento presente,  com uma atitude aberta e despojada de juízos de valor.

Há muitas formas de aliviar o stress como a acupunctura, a aromaterapia,  as massagens,  a leitura de um bom livro, a meditação,  o exercício físico, a audição de música clássica, os duches prolongados de água morna, a respiração oriental, pintar, escrever, etc..

Se repararmos,  ao fazer cada uma das actividades acima mencionadas,  estamos a focar a nossa atenção plena nessas mesmas actividades,  ou seja, a praticar o mindfulness!

Experimente comprar um livro com desenhos para pintar para si e para o/a seu/sua filho/a  pôr uma música calma e, assim, terminar o seu dia em beleza! Eu e a minha filha costumamos fazê-lo e adoramos!